Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dias Junior, Paulo César Gonzales |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-10022023-181042/
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Resumo: |
Foram conduzidos quatro experimentos com cordeiros confinados recebendo dietas com 90% de concentrado com o objetivo de avaliar os efeitos dos óleos essenciais de laranja (OEL) e Arnica montana (OEAM) sobre a fermentação ruminal, o desempenho e o perfil de ácidos graxos da carne. A hipótese é que os óleos essenciais estudados tenham capacidade de modular os produtos da fermentação ruminal, melhorar o desempenho e o perfil de ácidos graxos da carne, similarmente a monensina sódica. Experimento 1: Foram utilizados 10 cordeiros, canulados no rúmen, distribuídos em delineamento em quadrado latino duplo (5 x 5). Os tratamentos experimentais foram: L0 controle negativo (dieta sem inclusão de aditivo); L100 - inclusão de 100 mg de OEL/kg de MS; L500 500 mg de OEL/kg de MS; L1000 1000 mg de OEL/kg de MS; M25 controle positivo (25 mg de monensina sódica /kg de MS). O aumento nos teores de OEL na dieta não afetou o consumo de nutrientes. Porém, a inclusão de OEL aumentou o consumo de MS, MO, PB, FDN, CNF e NDT em relação à M25. O aumento nos teores de OEL reduziu linearmente a digestibilidade do CNF, mas não alterou a digestibilidade dos demais nutrientes. A digestibilidade do CNF foi maior nas dietas contendo OEL em comparação à M25. A dieta M25 teve menor digestibilidade do CNF que L0. As dietas com OEL tiveram maior consumo e absorção de nitrogênio (N) em comparação à M25. O aumento nos teores de OEL não influenciaram a concentração total e a proporção molar dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). A concentração total de AGCC foi menor para M25 em relação à L0. O pH ruminal e a concentração de amônia no rúmen não foram afetados pelos tratamentos experimentais. Experimento 2: Foram utilizados 40 cordeiros distribuídos em delineamento experimental em blocos completos casualizados. Os tratamentos experimentais foram os mesmos descritos para o Experimento 1. Houve aumento linear para o consumo de matéria seca (CMS), ganho de peso médio diário (GMD), eficiência alimentar (EA), peso corporal ao abate (PCA), peso de carcaça quente (PCQ), peso de carcaça fria (PCF) com o aumento nos teores de OEL. O tratamento M25 teve menor CMS, GMD e PCA em relação aos demais tratamentos. A inclusão de OEL na dieta promoveu aumento no somatório de ácidos graxos monoinsaturados, melhorou o índice de promoção à saúde humana (IPS) e reduziu o índice de trombogenicidade em relação à M25. As dietas com OEL tiveram maior relação entre os ácidos graxos da série n-6 e n-3 (n-6/n-3) comparado à M25. Experimento 3: Foram utilizados 5 cordeiros, canulados no rúmen, distribuídos em delineamento em quadrado latino (5 x 5). Os tratamentos experimentais foram: A0 controle negativo (dieta sem inclusão de aditivo); A450 inclusão de 450 mg de OEAM/kg de MS; A900 900 mg de OEAM/kg de MS; A1350 1350 mg de OEAM/kg de MS; M25 controle positivo (25 mg de monensina sódica/kg de MS). Os teores crescentes de OEAM não afetaram o consumo de nutrientes, mas aumentaram linearmente a digestibilidade da proteína bruta. As dietas com OEAM tiveram maior CMS em relação à M25. Por sua vez, M25 teve menor CMS que A0. A digestibilidade dos nutrientes não diferiu na comparação entre M25 vs. A0 e OEAM vs. M25. O aumento nos teores de OEAM conferiu redução linear de N na urina, o que foi associado a redução linear na concentração de amônia no rúmen. As dietas com OEAM proporcionaram maior retenção de N em relação à M25. Houve efeito quadrático na proporção molar de acetato para o aumento de OEAM na dieta, com menor valor para A450. Dietas com OEAM tiveram menor pH ruminal em relação à M25. A dieta M25 proporcionou maior pH ruminal que A0. Experimento 4: Foram utilizados 40 cordeiros distribuídos em delineamento experimental em blocos completos casualizados. Os tratamentos experimentais foram os mesmos descritos para o Experimento 3. O aumento nos teores de OEAM conferiu efeito quadrático sobre o CMS, com maior CMS para o tratamento A450. Houve aumento linear no GMD, PCA, PCQ e PCF. A dieta M25 prejudicou o desempenho dos cordeiros quando comparada aos teores de OEAM e A0. Os teores de OEAM promoveram aumento linear no tempo de ingestão, e efeito quadrático no tempo de ruminação, mastigação e ingestão de água. Na comparação entre os teores de OEAM e M25, houve maior tempo de ruminação e mastigação, e menor tempo em ócio e de ingestão de água para as dietas com OEAM. O aumento na inclusão de OEAM reduziu a proporção de C6:0; C17:0; C18:0; C18:1 trans-11, C22:6 n-3 e o somatório de ácidos graxos saturados. Como também, aumentou linearmente a concentração de C18:2 cis-9, cis-12; C18:3 cis-9, cis-12, cis-15, o somatório dos ácidos graxos poli-insaturados e o somatório dos n-6 (∑n-6). As dietas com OEAM reduziram a proporção de C16:0, C17:0, C18:0 e aumentaram a proporção de C18:2 cis-9, cis-12, o somatório dos ácidos graxos saturados, o ∑n-6 e a relação n-6/n-3 quando comparadas à M25. A utilização de OEAM melhorou o valor nutricional da gordura da carne de cordeiro, tendo como base a redução na proporção hipocolesterolêmico/hipercolesterolêmico (h/H) e aumento no IPS. |