Impacto do saneamento básico na saúde pública: estudo de caso - Itapetininga, SP - 1980 a 1997

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Martins, Getúlio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-30032020-114334/
Resumo: Objetivo. Avaliar o impacto do saneamento básico (água e esgotos) na saúde da população do município de ltapetininga (114 060 habitantes em 1997), Estado de São Paulo, Brasil, de 1980 a 1997. Métodos. Os dados oficiais relacionados com saneamento básico, educação e desenvolvimento econômico do município foram considerados como variáveis independentes e os relacionados com a saúde da população: Mortalidade Infantil Pós-Neonatal, Doenças Infecciosas e Parasitárias e Doenças Infecciosas Intestinais e Helmintíases, foram considerados como variáveis dependentes. Na análise estatística univariada calculou-se a Correlação de Pearson e na análise conjunta, a Regressão Linear Múltipla. Resultados. A proporção da população abastecida pelo sistema de distribuição de água aumentou de 80,50% para 100%, enquanto que os domicílios conectados à rede coletora de esgotos passou de 76,10% para 86%. Os investimentos em Saneamento Básico foram da ordem de US$ 33,64 milhões, sendo 53% em água e 47% em esgotos. Os modelos estatísticos indicaram que Educação e Saneamento Básico foram importantes na explicação das melhorias da Saúde Pública, enquanto que o desenvolvimento econômico do município não foi significativo. A proporção de Helmintíases, que são enfermidades provocadas principalmente pelo contato com os esgotos, foi três vezes maior do que as Infecciosas Intestinais, nas consultas ambulatoriais. No último ano do período estudado, a relação entre óbitos, internações hospitalares e total de consultas médicas, por Doenças Infecciosas Intestinais e Helmintíases foi: 1:51: 1 865. Conclusões. Investimentos anuais de US$ 0,37 milhões, em Saneamento Básico, contribuíram para a redução de um óbito, na fase pós-neonatal, por mil nascidos vivos. Para a redução de um óbito causado por Doenças Infecciosas Intestinais e Helmintíases, por 100 mil habitantes, o modelo estatístico indicou que foram necessários investimentos anuais de US$ 2,78 milhões. Estimativas de valores per capita, de 1997, indicaram que gastos da ordem de US$ 2,26 em Saneamento Básico, corresponderam à redução de gastos de US$ 2,63 pela prevenção de Doenças Infecciosas Intestinais e Helmintíases (1: 1, 16).