Avaliação da concordância de diagnóstico das doenças reumáticas entre os níveis primário e terciário de atenção à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Teixeira, Maria Eugênia Farias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-09092021-084442/
Resumo: Introdução: Sintomas musculoesqueléticos são a principal causa de procura por atendimento médico no nível primário de assistência à saúde. Os médicos generalistas frequentemente expressam baixo nível de confiança na capacidade de diagnosticar e tratar doenças reumáticas. Objetivo: Avaliar a concordância de diagnóstico das doenças reumáticas entre os níveis primário e terciário de atenção à saúde através da comparação entre o diagnóstico presente nas Guias de Referência do SUS e o diagnóstico obtido pela equipe de reumatologia de um serviço terciário de referência. Materiais e Métodos: Foram comparados os diagnósticos do nível primário com aqueles obtidos por médicos residentes em reumatologia e reumatologistas seniores de um serviço de referência. Sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditivo positivo (VPP) e coeficiente Kappa (k) foram obtidos tendo como padrão-ouro a avaliação dos reumatologistas seniores. Resultados: De 497 guias avaliadas, 426 possuem diagnóstico final. Os valores de k entre nível primário e terciário para os agrupamentos de doenças foi: doenças reumáticas não inflamatórias (-0,18), colagenoses e vasculites (0,5), artrite reumatoide (0,38), espondiloartrites (0,45) e doenças não reumáticas (0,15). Conclusão: O serviço terciário de reumatologia recebe muitos casos de baixa complexidade, que deveriam ser mantidos na atenção primária. O grau de concordância diagnóstica entre os médicos da atenção primária e a equipe de reumatologia foi baixo, demonstrando a necessidade de aprimorar o ensino médico das doenças reumáticas durante o curso de medicina.