Biologia reprodutiva da cobra coral verdadeira Micrurus lemniscatus (Linnaeus, 1758) (SQUAMATA: ELAPIDAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Coeti, Rafaela Zani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-18102016-173519/
Resumo: Recentes estudos do gênero Micrurus, o qual é popularmente conhecido como o das “cobras-corais verdadeiras”, dividem este táxon em dois grupos morfologicamente distintos, o grupo das cobras corais com anéis negros em mônades (BRM) e o grupo das cobras corais com anéis negros em tríades (BRT) e, com base na morfologia macroscópica, supõe-se que esses grupos possuam estratégias reprodutivas diferenciadas. Assim, este estudo analisa e descreve a biologia reprodutiva de machos e fêmeas da espécie de serpente de tríades Micrurus lemniscatus de algumas regiões do Brasil. Micrurus lemniscatus é um complexo, com evidências polifiléticas, sendo composto por quatro subespécies: Micrurus l. carvalhoi, Micrurus l. helleri, Micrurus l. diutius e M. l. lemniscatus que habitam Mata atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica brasileiros. Para isto foram utilizados animais preservados em coleções herpetológicas, dos quais obteveram-se dados biométricos e merísticos. Além disso, estes espécimes foram dissecados e suas gônadas medidas e coletadas para análises morfológicas e histológicas. Outras características, relacionadas à biologia reprodutiva, como presença de dimorfismo sexual, morfologia macro e microscópica, diferenciação das gônadas durante as estações e estocagem de espermatozoides também foram estudadas. O ciclo reprodutivo de Micrurus lemniscatus carvalhoi da Mata Atlântica e Cerrado foi estudado separadamente do ciclo reprodutivo de Micrurus lemniscatus lemniscatus da Amazônia e a comparação entre eles evidencia diferenças consideráveis, assim, é provável que o habitat esteja influenciando o ciclo dessas subespécies, o que pode gerar uma barreira reprodutiva e futura especiação entre elas