Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Souza, Warli Anjos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-145004/
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade de expansão e uso dos mercados futuros agropecuários e argentinos no âmbito do Mercosul para hedgers de ambos os países. Foram investigados, preferencialmente, os contratos futuros de soja, trigo, milho e boi gordo, em decorrência de suas importâncias econômicas e dificuldades à integração e harmonização dos seus sistemas de comercialização no mercado disponível no âmbito do bloco econômico. Para consecução do objetivo, a pesquisa utilizou a teoria de sucesso ou fracasso de contratos futuros para determinar os fatores que podem contribuir para a utilização eficiente de contratos futuros de soja e milho no Brasil, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), por hedgers argentinos e contratos futuros de trigo, soja e milho na Argentina, no Mercado a Término de Buenos Aires (MAT) e na Rosario Futures Exchange, por hedgers brasileiros. Adicionalmente, avaliou-se a liquidez dos contratos futuros na administração de riscos de preços das commodities trigo, soja e milho nas bolsas argentinas e soja e milho na bolsa brasileira. Também foram testadas as eficiências de hedging do contrato futuro de boi gordo da BM&F para hedgers argentinos localizados em Liniers e dos contratos futuros de trigo do MAT e da ROFEX para hedgers localizados no Rio Grande do Sul. Os resultados empíricos desta investigação indicam que os fatores que podem contribuir para tornarem viáveis os contratos futuros da soja, milho e trigo das bolsas argentinas e brasileira no âmbito do Mercosul são: o risco residual relativo do contrato de cross hedge, o custo de liquidez do contrato de own hedge, a volatilidade de preço e tamanho do mercado disponível. Pelos resultados obtidos neste trabalho é possível afirmar que no âmbito do Mercosul nenhuma bolsa apresenta um cross hedging superior ao own hedging. Mas, por outro lado, também é possível afirmar que há um nicho de mercado promissor para 3 mercados ) de cross hedgs: o contrato de milho do MAT para hedgers brasileiros de milho: o contrato de trigo MAT para hedgers de trigo de Rosario e vice-versa. O MAT é, de forma expressiva, o mercado de futuros agropecuários mais líquido do Mercosul. Isto tem uma implicação importante para esta pesquisa, uma vez que a maior liquidez dos contratos do MAT pode servir como inibição ou uma barreira de sucesso para os contratos da ROFEX ou da BM&F para hedgers argentinos localizados em Buenos Aires. Em resumo, o estudo revelou pouca possibilidade de uso destes mercados fora do local onde estão funcionando, ou seja, o uso de contrato futuro está restrito à área de atuação da bolsa, como um own hedge. O estudo também não encontrou uma bolsa dominante, revelando que existe então, uma tendência de especialização de cada bolsa com um determinado contrato. Assim, para a BM&F, o melhor contrato é o de boi gordo. Para a ROFEX, o melhor contrato é ISR e para o MA, têm-se os contratos de milho e trigo. Com relação a utilização do mercado futuro brasileiro de boi gordo (BM&F) por hedgers argentinos, identificou que a eficiência de hedge foi extremamente baixa, o que permite concluir que esta não é uma estratégia viável |