Diagnóstico da mecanização em uma região produtora de grãos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gimenez, Leandro Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11148/tde-08112006-141451/
Resumo: O emprego da mecanização no Brasil iniciou-se praticamente a partir dos anos 60 com a instalação da indústria nacional de tratores acompanhada pela de máquinas e implementos. Com isso houve uma expansão acelerada no uso da mecanização agrícola sendo ela praticamente indispensável nos dias atuais. Embora com benefícios inquestionáveis, a mecanização foi influenciada pela tecnologia exógena no projeto de fabricação e na utilização de técnicas inadequadas como o preparo convencional do solo, técnica essa associada a problemas de erosão. Dado o caráter recente da mecanização, existe uma carência de informações básicas sobre os seus indicadores permitindo a análise da adequação dos equipamentos nas propriedades. Considerando-se o contexto da mecanização, as técnicas adotadas e a ausência de índices, este trabalho teve como objetivo a realização de um diagnóstico quanto à posse e uso de sistemas mecanizados em unidades agrícolas de uma região produtora de grãos em sistema de plantio direto no sul do Brasil. Para tanto foi desenvolvido um questionário com um roteiro básico englobando as características da propriedade, do sistema de produção e administração, e dos recursos utilizados, mecanização e mão de obra. Realizou-se uma amostragem estratificada por área das unidades para as entrevistas e coleta de dados. Dentre os resultados obtidos destaca-se que as produtividades médias das culturas estiveram acima da média nacional e houve pouca variação nos estratos para a produtividade e principais espécies de culturas utilizadas. A mão de obra nas propriedades é utilizada na operação das máquinas agrícolas, mas recebe pouco treinamento. Foram coletadas informações referentes a 645 tratores e a idade média foi de 10,4 anos e o uso de 726 h.ano-1. Dentre as semeadoras foram identificados três tipos distintos e o mecanismo dosador de sementes predominante para as culturas de verão foi o disco horizontal presente em 81,3% das vezes seguido do mecanismo pneumático com 16,3% de participação; a potência média por linha de semeadura variou em função da cultura. Os pulverizadores foram os equipamentos com idade média mais baixa, 7,3 anos predominando equipamentos de arrasto, com tanque de 2000 L e comprimento de barra de 18 m. Apenas 24% dos equipamentos de pulverização possuíam cabines. Para as colhedoras o uso médio foi de 381 h.ano-1 e a idade média foi maior no estrato de menor área. Houve relação positiva entre a eficiência no emprego de máquinas agrícolas e o tamanho da unidade produtiva e a compra e o uso de máquinas depende totalmente do produtor, diferente de outros fatores de produção onde há a participação de um assistente técnico. Os entrevistados atribuíram boas notas à administração das unidades de produção e entre as estratégias de expansão de área ou aumento da rentabilidade, enxergam a segunda opção como a mais importante.