Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Farias, Fernando Jorge dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20032018-155518/
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Resumo: |
A pesquisa compreendeu as observações e proposições de Dalcídio Jurandir, intelectual brasileiro, em particular aquelas ligadas ao campo educacional, resultantes de sua atuação junto a revista Escola, a inspetoria escolar, a educação sanitária e sua participação no I Congresso Brasileiro de Escritores. Por meio de um estudo bibliográfico, documental e aproximado a uma baliza teórico-metodológica representada pelas formulações de Carlo Ginzburg, Mikhail Bakhtin, Pierre Bourdieu, Antonio Gramsci e Serge Gruzinski, a investigação se voltou, em um primeiro momento, as origens de sua família e aos prováveis condicionantes que o levaram a uma vida profissional norteada ao campo literário, ao campo educacional, em especial na década de 1920. Na sequência, enquadrou-se diferentes colaborações desse intelectual, com destaque as produções encontradas na revista Escola, entre 1934 e 1935, além da atuação como inspetor escolar, no ano de 1939, no interior do estado do Pará. Alusivo aos anos 40, rastreou-se o momento em que atingiu relativa consagração no campo literário nacional, coisa que o credenciou, em grande parte, a participar do I Congresso Brasileiro de Escritores e a atuar no Serviço Especial de Saúde Pública, no setor de educação sanitária. Como possíveis resultados e contribuições advindas do estudo, destaca-se a formação inicial de Dalcídio como artista indigente, um intelectual distante dos considerados epicentros culturais, fruto das condições políticas e econômicas decadentes que o Pará e o Brasil se encontravam, e que, aos poucos, passou por uma reconversão de capital e conseguiu sustar parte da situação difícil que estava inserido. Nessa alteração, o ingresso no serviço público representou a mudança necessária de sua condição entre à intelectualidade que, progressivamente, legitimou sua migração para a condição de funcionário-escritor. Colaborando em diferentes jornais e revistas brasileiras, Dalcídio Jurandir, já na altura dos anos 40, tem outro deslocamento de sua posição e atinge a condição de intelectual nacional, um jornalista-militante, intelectual relativamente consagrado, vencedor de expressivo prêmio literário que, diante do novo e favorável momento, articulou e participou do I Congresso Brasileiro de Escritores, assim como desenvolveu trabalhos de educação sanitária junto ao Serviço Especial de Saúde Pública. |