Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Notari, Fabiola Bastos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8155/tde-12122018-152219/
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Resumo: |
Por que ver, ler e falar de Serguei M. Eisenstein hoje? Qual a importância deste cineasta para o público brasileiro? Esta não é uma tese sobre vida e obra do grande cineasta russo-soviético, a pesquisa que aqui se apresenta parte de alguns questionamentos, os quais fazem refletir sobre a relação que a teoria e os filmes de Eisenstein tiveram com alguns acontecimentos histórico-culturais no Brasil, ou mais especificamente, com a atuação de determinados intelectuais e instituições que foram apoiadores, divulgadores e defensores da linguagem cinematográfica como expressão artística. Eisenstein no Brasil divide-se em três partes fundamentais, as quais se configuram a partir de um diagrama de conjuntos a ser seguido como guia de leitura. A Parte I investiga a crítica cinematográfica brasileira. Nela, estão inseridos os capítulos nos quais se enfatiza a postura dos críticos frente à cinematografia de Eisenstein, em sua grande parte publicada em jornais e periódicos. Associados a estas críticas, alguns casos da produção artística e cinematográfica brasileira são citados, nos quais filmes e teorias de Eisenstein são estudados e abordados. A Parte II dedica-se à relação próxima que há entre o movimento cineclubista e a criação das cinematecas no Brasil. O interessante desta parte é a conexão entre as exibições dos filmes de Eisenstein com outras linguagens artísticas e ainda a associação feita entre estas exibições e os espaços culturais em algumas cidades brasileiras. Nela, o entendimento do contexto social, político e ideológico ajudaram a entender o fluxo dos movimentos sociopolíticos que se apropriavam das produções cinematográficas, principalmente as russosoviéticas ou as de temática soviética, para discutir e se posicionar a favor ou contra o regime político de sua época Era Vargas, Ditadura Militar e República Nova. A Parte III desta tese é composta pelas relações construídas entre o estudo das teorias de cinema, as traduções de livros e de artigos sobre linguagem cinematográfica de Serguei M. Eisenstein e a criação dos cursos superiores de cinema no Brasil, tendo em vista pontos de contato com o cineasta russosoviético e sua produção teórica e fílmica. Esta parte é constituída, em sua maior parte, por depoimentos orais recolhidos de maneira informal, nos quais o narrador sente-se à vontade para contar suas histórias com o intuito de contribuir com o objeto de estudo dessa tese, respondendo à pergunta inicial: Qual é a relação de Serguei M. Eisenstein com sua vida? Nas considerações finais, aponta-se para possíveis continuidades da pesquisa, pois na tentativa de percorrer e reconhecer o maior número de pontos de contato entre a produção artística, cinematográfica, acadêmica, intelectual e crítica brasileira, constatou-se que estudar Eisenstein hoje é estudar o que há de mais atual tanto em forma quanto em conteúdo, porque tanto sua linguagem quanto sua teoria são sempre acessadas, logo, renovadas. |