Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Machado, Pedro Ivo Chiquetto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-16092019-153303/
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Resumo: |
A taxonomia de Phasmatodea baseia-se essencialmente em caracteres de morfologia externa e características do ovo. A genitália masculina, estrutura com grande relevância taxonômica em outras ordens de insetos, foi examinada em poucas espécies de bicho-pau, sendo a sua morfologia ainda muito pobremente explorada para fins taxonômicos e filogenéticos. Das poucas análises filogenéticas realizadas até hoje em Phasmatodea, a maioria foi baseada em dados moleculares e focou nas relações entre grandes grupos, com apenas dois estudos abordando relações intragenéricas. Paraphasma Redtenbacher, 1906 é um gênero neotropical de bichos-paus pequenos e de aspecto delicado, com ambos os sexos possuindo asas posteriores bem desenvolvidas. Incluía, até o início deste estudo, dez espécies válidas, oito das quais com registro para o Brasil; trata-se de um gênero relativamente bem representado nas coleções brasileiras de Phasmatodea. Porém, assim como grande parte dos gêneros brasileiros de bichos-paus, Paraphasma encontrava-se taxonomicamente mal definido, e o conhecimento sobre suas espécies era praticamente restrito às descrições originais, normalmente muito superficiais, e a informações vagas de distribuição geográfica. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão taxonômica e análise filogenética de Paraphasma, buscando explorar o potencial taxonômico da genitália masculina de Phasmatodea. Foram examinados 407 exemplares (incluindo 38 tipos), estando representadas todas as espécies de Paraphasma e 18 espécies como grupo-externo da análise filogenética. A genitália masculina foi examinada e ilustrada para 22 espécies; foram verificadas prováveis homologias entre as espécies e propostos nomes para as regiões e estruturas da genitália. Foram definidos 80 caracteres morfológicos para a análise filogenética, dos quais 32 referemse à genitália masculina. Como resultado, Paraphasma passa a ter uma configuração bastante distinta da inicial, incluindo nove espécies, das quais três são espécies novas identificadas durante o estudo. O gênero foi redescrito, com base em morfologia externa e em características da genitália masculina e do ovo. Foram descritas as três espécies novas e redescritas as demais espécies de Paraphasma, incluindo a primeira descrição do macho de Paraphasma minus, do ovo de seis espécies e da genitália masculina de oito. Foram propostos dois novos gêneros (chamados aqui pelos nomes fictícios \"Aus\" e \"Bus\") para duas espécies previamente em Paraphasma, resultando nas novas combinações \"Aus\" amabilis e \"Bus\" cognatus. As decisões taxonômicas propostas incluem também outras cinco novas combinações [Paraphasma laterale, Paraphasma trianguliferum, Paraphasma umbretta, Prexaspes (Elasia) paulensis, Tithonophasma cancellatum], seis novas sinonímias de espécie [Phasma hopii, Phasma lineolatum e Stratocles dentatus sinônimos de Paraphasma laterale; Phasma quadratum sinônimo de Prexaspes (Elasia) pholcus; Phasma perspicillaris sinônimo de Stratocles xanthomela; Metriotes pericles sinônimo de Perliodes sexmaculatus], uma nova sinonímia de gênero (Oestrophora sinônimo de Paraphasma), uma espécie revalidada (Paraphasma umbretta) e um nome de espécie considerado nomen dubium (Paraphasma fasciatum). A genitália masculina correspondeu à principal fonte de informações para delimitação das espécies de Paraphasma. Além disso, os caracteres genitais foram, de forma geral, mais consistentes com a hipótese filogenética obtida do que os de morfologia externa, que se mostraram bastante homoplásticos. Os resultados da análise filogenética sugerem que as três subfamílias de Pseudophasmatidae (Pseudophasmatinae, Stratocleinae, Xerosomatinae) são polifiléticas. |