Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Fabiola Saporiti Angerami de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-16032010-135740/
|
Resumo: |
O Parque Nacional da Serra do Cipó tem passado por um importante desafio de manejo que é a definição sobre o uso de animais de montaria por parte dos visitantes. Recentemente, o Governo Brasileiro lançou um documento intitulado Diretrizes para visitação em unidades de conservação o qual dita algumas normas para essa atividade de uso público. No entanto, há questões relevantes de incoerências deste com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. A presença dos animais numa unidade de conservação pode causar diversos impactos ambientais, entre eles, a entrada e dispersão de espécies exóticas causando contaminação biológica em área protegida. Os cavalos e muares utilizados pelos visitantes podem ser veículo de entrada dessas espécies exóticas, seja por meio dos pelos, das patas e também das fezes. Esta investigação teve por objetivo investigar se há relação entre o uso de animais de montaria e a contaminação biológica de gramíneas exóticas pelas fezes dos animais no Parque Nacional da Serra do Cipó. Para tanto foram selecionadas duas trilhas do Parque, a do Capão dos Palmitos e a trilha da Farofa, sendo que as mesmas apresentam diferenças relevantes em termos de relevo e de histórico de uso. Com base no trabalho de Campbell e Gibson (2001) definiu-se o método. Em cada uma das trilhas procedeu-se a coleta de fezes eqüinas e de amostras de solo em dois períodos do ano (outono e verão). As amostras foram distribuídas em dois experimentos de germinação, um instalado in situ e outro no Laboratório de Biologia Reprodutiva e Genética de Espécies Arbóreas da ESALQ / USP. Outro experimento, também realizado in situ, verificou a presença de espécies de gramíneas exóticas e de plantas nativas nas áreas de abrangência das duas trilhas. Foram definidos quatro pontos para as amostragens tendo como referência o centro das trilhas, são eles: centro, borda, transição e interior. As análises estatísticas foram realizadas com uso do programa SAS versão 9.3.1. Os resultados mostraram que há maior presença de gramíneas exóticas na trilha da Farofa em relação à trilha do Capão. Na trilha da Farofa houve diferença significativa entre o ponto do centro com os demais. Na trilha do Capão não houve diferença entre os pontos avaliados. As espécies nativas foram encontradas com maior frequência na trilha do Capão. Houve diferença do ponto centro para os demais nas duas trilhas avaliadas. Os resultados obtidos pelas amostras de solos que estavam no experimento controlado em laboratório revelaram que não há diferença na germinação de sementes entre as trilhas. As amostras de fezes, no entanto, mostraram diferença entre as trilhas, sendo que há maior germinação de sementes na trilha da Farofa. Tanto para as amostras de fezes como para as de solo, houve grande diferença para a germinação entre os períodos de outono e de verão. Não houve nenhuma germinação no experimento instalado in situ. |