Influência de fatores biomecânicos e tomográficos da córnea no resultado cirúrgico do implante de anel intraestromal isolado e associado ao crosslinking em pacientes com ceratocone

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Serpe, Crislaine Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-21072021-160536/
Resumo: Objetivo: Determinar e comparar a resposta tomográfica e visual do implante de anel intraestromal (ICRS) isolado versus associado a crosslinking de córnea (ICRS+CXL) e sua relação com fatores biomecânicos pré-operatórios. Métodos: Estudo prospectivo comparativo transversal não randomizado que analisou 44 pacientes com ceratocone insatisfeitos com sua acuidade visual corrigida. Grupo 1 foi submetido a apenas ICRS (n=27) e Grupo 2 a ICRS+CXL em mesmo tempo cirúrgico (n=22) quando identificado sinais de progressão da doença. Dados tomográficos pré e pós-operatórios foram obtidos com tomógrafo de córnea dual Scheimpflug. Modelo finito de elementos (FEM) foi utilizado para a obtenção de variáveis biomecânicas pré-operatórias corneanas de strain (strain principal máximo, MPS): a média do MPS (mMPS) e o valor do pico (hMPS) e sua respectiva posição relativa ao vértex da córnea (hMPSx, hMPSy). A acuidade visual e os resultados tomográficos finais e sua variação (?, diferença entre o pós e o pré-operatório) dos grupos 1 e 2 foram analisados, comparados e correlacionados com fatores biomecânicos pré-operatórios de strain. Resultados: Não houve diferenças préoperatórias estatisticamente significativas entre os grupos. As ceratometrias mais curva (K2) e máxima (Kmax), o índice de assimetria inferior-superior (IS) e o coma sofreram redução em ambos os grupos. A acuidade visual corrigida foi estatisticamente melhor após ICRS, mesmo permanecendo com maior valor de IS pós-operatório (p=.03 e p=.04, respectivamente). Houve aumento do volume corneano (CV) no grupo 1 e redução do CV (p=.002) e do ponto mais fino corneano (p=.0004) no grupo 2. Houve correlação significativa positiva após ICRS entre mHPS e a alteração (?) da asfericidade; e negativa entre mHPS e a ? do CLMI após ICRS+CXL. hMPS correlacionou-se com a ? de K2, Kmax, IS e coma após ICRS+CXL. hMPSy apresentou correlação com a ? de K2, Kmédio e aberração esférica após ICRS e com a ? de coma e IS após ICRS+CXL. Conclusão: O implante de anel intraestromal apresentou melhor acuidade visual corrigida final quando não associado a crosslinking. A análise do pico de strain principal máximo poderia personalizar o tratamento, uma vez que apresentou correlação com a redução do K2, Kmax, IS e coma após ICRS+CXL. A posição y do hMPS correlacionou-se com a redução do K2, Kmédio e aberração esférica após ICRS e melhora da assimetria após ICRS+CXL por redução de coma e IS