Mapeamento de epitopos para células B de bovinos em antígenos de carrapatos: uma análise comparativa entre métodos in silico e in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Luiz Gustavo Nogueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-13012025-132821/
Resumo: Carrapatos são os mais importantes vetores para a transmissão de doenças para bovinos, e por isso o controle eficiente das infestações é de grande interesse. Vacinas multi-antigênicas baseadas em antígenos recombinantes salivares tem demonstrado boa atividade anti-carrapatos, mas seu desenvolvimento é complexo. Este processo pode ser facilitado pelo uso de ferramentas in silico para a predição de epitopos em antígenos de interesse. No entanto, não há dados disponíveis sobre a utilidade destes métodos, construídos com bases de dados humanas e murinas, para a identificação de epitopos reconhecidos por anticorpos bovinos. Neste trabalho, nós investigamos em antígenos de carrapatos se há uma correspondência entre a predição in silico e o mapeamento in vitro de epitopos para células B. Para tal, nós submetemos nove sequências proteicas de antígenos presentes na saliva do carrapatos Rhipicephalus microplus à modelagem tridimensional e predição de epitopos contínuos e descontínuos pelas ferramentas Bebipred e Epitopia, respectivamente. Concomitantemente, nós imunizamos bovinos com os mesmos antígenos recombinantes para a produção de soro hiperimune ao pool de antígenos, e verificamos a reatividade deste soro com mimotopos identificados por phage display utilizado IgY-antígeno específico no biopanning. As predições bioinformáticas indicaram a ocorrência de 46% a 94% de aminoácidos antigênicos nas sequências analisadas, enquanto que o mapeamento in vitro identificou cerca de 20% a 42% de aminoácidos antigênicos para os diferentes antígenos. Observamos a ocorrência de grande sobreposição dos aminoácidos antigênicos identificados in vitro com aqueles preditos in silico, porém grande parte dos aminoácidos preditos não foram identificados in vitro. Dessa forma, torna-se necessário o ajuste dos parâmetros utilizados na predição, visto que a sua otimização pode resultar em uma análise mais acurada pelas ferramentas de bioinformática. No entanto, com a atual metodologia, as ferramentas in silico são úteis para a exclusão de sequências que não são características de epitopos. Essa abordagem pode ser utilizada para a identificação e restrição de regiões dos antígenos com pouca antigenicidade predita, estratégia que pode reduzir o número de sequências a serem avaliadas como candidatos vacinais e também facilitar a construção de vacinas multi-antigênicas.