Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ferrarezi, Ludmila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-12112013-163230/
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Resumo: |
Aborda a biblioteca escolar, a partir de uma interface entre a Ciência da Informação, Análise do Discurso de linha francesa e Educação. Busca compreender como a historicidade e a memória discursiva sustentam sentidos sobre o que é esta unidade de informação escolar, observando o litígio entre posições-sujeito e vozes discursivas manifestas em um corpus, composto por recortes de dizeres presentes em blogs, listas de discussão e sites que discursivizam a biblioteca escolar. Objetiva, assim, analisar discursivamente os movimentos do sujeito e dos sentidos nas páginas eletrônicas sobre biblioteca escolar, observando se a rede eletrônica configura-se como o lugar da tão aclamada possibilidade de emergência do sujeito e de dizeres polissêmicos, que façam surgir sentidos além do dominante. Pretende, ainda, refletir sobre a ideologia como mecanismo de naturalização dos sentidos e produção de evidências sobre alguns discursos sobre a biblioteca escolar, e não outros, marcando o que pode ou não ser dito. Para desenvolver tais questões, inicialmente, discorre sobre alguns conceitos fundamentais da Análise do Discurso. Na etapa seguinte, percorre um (ciber)espaço instável, múltiplo e movente, investigando desde as suas condições de produção e as (im)possibilidades de navegação até a maneira como é estruturado e (re)construído, a partir do movimento de sujeitos e sentidos que se constituem ao mesmo tempo, em suas redes. Em seguida, aborda a biblioteca escolar, apresentando os sentidos circulantes em diferentes formações discursivas, a fim de investigar quais retornam, são silenciados ou, ainda, reconstruídos. Apresenta, também, algumas considerações sobre a leitura e pesquisa escolar que, por serem as atividades mais praticadas na biblioteca, tem grande importância na constituição de sentidos sobre ela. Por último, analisa alguns sites de escolas brasileiras, a fim de investigar como elas são discursivizadas, fazendo também algumas considerações sobre as bibliotecas escolares digitais, quais seriam as suas contribuições para novas práticas educativas, indagando se/como é possível sua disseminação no contexto educacional brasileiro. Finalmente, procura analisar discursivamente as representações imaginárias da biblioteca escolar no corpus selecionado. A partir das análises dispostas ao longo do trabalho, infere-se que o ciberespaço heterogêneo e interativo faz falar também o plural, permite os furos nas regiões de sentido estabilizadas pelo retorno da memória, suscitando outras maneiras de enunciar sobre essa instituição, outras margens de sentido. |