Livros e revistas para jogar RPG (1980-2000): da importação às primeiras edições nacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fraga, André Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RPG
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-01082022-163244/
Resumo: Esta dissertação tem por objeto os jogos de RPG, primordialmente em São Paulo, desde as primeiras menções em jornais, por volta da década de 1980, até a consolidação das primeiras coleções publicadas por editoras brasileiras, na década de 1990. Inicialmente trazidos ao Brasil por meio de jogadores que os adquiriram no exterior e os compartilharam por meio de fotocópias em xérox com suas comunidades, livros e revistas de RPG gradualmente atraíram o interesse de editoras nacionais, que passaram a publicá-los em edições traduzidas ou em versões originais, competindo por um lugar nesse mercado até meados dos anos 1990, período em que se dá o predomínio das editoras paulistas Devir e Trama. Partindo do princípio que o livro é central nesse gênero de jogos, utilizamos como aporte teórico e metodológico aqueles utilizados por historiadores do livro e da leitura, com a finalidade de compreender o processo pelo qual os livros de regras e os chamados suplementos de RPG instauraram-se em meio ao mercado editorial paulista, popularizando-se e expandindo-se em meio a eventos e comunidades locais de jogadores. Para compreender também, mais especificamente, questões voltadas à leitura e à apropriação e ressignificação dos jogos de RPG, vindos dos EUA ao Brasil, foram pesquisadas diversas edições da maior revista nacional especializada nestes jogos, a Dragão Brasil, analisando sua seção de cartas de leitores e alguns de seus conteúdos e ilustrações. Dessa maneira, procuramos apresentar as linhas gerais do que foi esse mercado, a partir do caso de São Paulo, nesses anos iniciais, e apontar elementos sobre como o gênero dos livros de RPG, em um primeiro momento, de forma americana, foi recriado no Brasil no período exposto.