Produção partilhada e reticularidade fílmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lazaneo, Caio de Salvi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
-
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-30052017-115416/
Resumo: Esta tese apesenta um estudo focado em dois eixos principais: No primeiro, denominado \"Reticularidade Fílmica\", enfatizamos relações entre as novas medias (MANOVICH, 2001), o documentário digital interativo (GAUDENZI, 2013), a noção de criação de banco de dados fílmicos em Vertov (BAIRON, 2008, MANOVICH, 2001) e a concepção de cinematismo em Eisenstein (BORDWELL 2005, MANOVICH, 2001). Compreendemos a \"Reticularidade Fílmica\" enquanto um processo de produção e montagem audiovisual em que a aleatoriedade dos acontecimentos em uma ambiência hipermidiática, pode colaborar na construção da compreensão de algo, sobretudo no interior fílmico interativo. O segundo eixo compreende o que temos denominado \"Produção Partilhada do Conhecimento\" (LAZANEO, 2012), onde propomos uma aproximação possível com outros aportes teórico-metodológicos em iniciativas como a Antropologia Partilhada de Jean Rouch (RIBEIRO, 2007; ROUCH, 1995; SZTUTMAN, 2004), a Pedagogia Griô (PACHECO, 2015), a Pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011), bem como a noção de dupla ruptura epistemológica\" (SANTOS, 2002). A Produção Partilhada envolve processos de produção do conhecimento a partir da inter-relação entre comunidade e universidade. Aqui tratamos especificamente do trabalho desenvolvido junto ao realizador Juanahú Iny, na aldeia Hawalo, da etnia Iny (karajá), localizada no município de Lagoa da Confusão - TO. Durante o trabalho de campo nesta comunidade foram realizados produtos audiovisuais com vistas a construção de ambiências reticulares, descritos nos \"Diários de \"Partilha\". Pretende-se, deste modo, propor um subsídio dialógico que compreende a Produção Partilhada como um pressuposto teórico-metodológico à Reticularidade Fílmica na lide com comunidades de tradição oral para as quais o texto científico, na matriz verbal, representa um barreira epistêmica. Assim, defendemos o desenvolvimento de ambientes em Reticularidade Fílmica com base na Produção Partilhada, como uma dimensão apropriada a criação de novas epistemologias em Hipermídia.