Caracterização do potencial bioativo do pólen apícola de Eucalyptus sp. in vitro e sua influência sobre parâmetros de estresse oxidativo e de inflamação in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sattler, José Augusto Gasparotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-04122018-115805/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo caracterizar os compostos bioativos e o impacto de fatores climáticos no pólen apícola (PA) de Eucalyptus sp., o seu potencial antioxidante in vitro e a sua influência em parâmetros do estresse oxidativo e da inflamação in vivo. A caracterização quimica das amostras foi realizada pela quantificação de fenólicos e flavonóides totais e a avaliação da atividade antioxidante dos extratos por três metodologias (DPPH, ORAC e FRAP). Foram realizadas análises de perfil de ácidos graxos e fitoesteróis (CG). Os resultados de fenólicos e flavonóides totais mostraram uma variação entre 17 e 44 mg de equivalentes de ácido gálico e entre 1,3 e 4,4 mg de equivalentes de catequina/g. A atividade antioxidante mostrou uma variação de 267 a 961 &#181;mol de equivalentes de Trolox/g pelo método ORAC, de 38 a 147 &#181;mol de equivalentes de Trolox/g para o FRAP e um EC50 entre 0,41 e 1,61 mg/mL de extrato por DPPH. Apesar das amostras de PA apresentarem baixa quantidade de lipideos (3,3 %), em torno de 50 % do total destes são constituidos de ácidos graxos insaturados. Foram encontrados teores de fitoesteróis entre 1,2 a 1,8 mg/g (sitoesterol, estigmasterol e campesterol). Estes resultados confirmaram a presenca de bioativos com potencial antioxidante nas amostras. A fim de confirmar seu efeito biológico, foi selecionada uma amostra para a realização do ensaio in vivo, na qual foram identificados por CLAE três compostos fenólicos majoritários (rutina, 3n-tris-p-feruloil-espermidina e miricetina). O ensaio foi realizado por 10 semanas com 70 camundongos machos (C57BL/6), distribuídos em sete grupos de 10 animais cada: controle normolipídico (NL); controle hiperlipídico (HL); dieta NL com 5 % de PA; dieta HL com 2,5 % de PA; dieta HL com 5 % de PA; dieta HL com extrato de PA (EPA) a 2,5 %; e dieta HL com EPA a 5 %. Foi possível identificar que os grupos HL tiveram maior ganho de peso quando comparados aos grupos NL (p<0,05), porem os grupos com incorporação de PA não apresentaram diferencas em relação ao controle HL. Foram avaliados ainda parâmetros bioquímicos séricos, de estresse oxidativo (ORAC, TBARS, GSH e enzimas antioxidantes) e parâmetros inflamatórios (IL1-&#946;, IL-6, IL-10, MCP-1 e TNF-&#945;) no tecido hepático. Os resultados de parâmetros de estresse oxidativo não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Quanto aos parâmetros inflamatórios os grupos HL+PA2,5 e HL+PA5 reduziram os níveis das citocinas IL1-&#946;, IL-6 e MCP-1 (p<0,05) e TNF-&#945; apenas o grupo HL+PA5 % apresentou uma redução significativa (p<0,05). Os resultados de citocinas inflamatórias mostraram um efeito positivo na administração de PA, visto que ocorreu uma diminuição nos níveis do tecido hepático dos animais. Estes resultados mostraram que o PA promoveu uma melhora do quadro inflamatório ocasionado com uma dieta hiperlipídica.