Alteração da homeostase imunológica mediada pelas células dendríticas em indivíduos com hiperglicemia portadores de periodontite crônica generalizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rabelo, Mariana de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-24012018-114539/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da hiperglicemia na alteração da homeostase imunológica mediada pelas células dendríticas (DCs) em resposta a uma bacteremia induzida por raspagem e alisamento radicular (RAR) em indivíduos com periodontite crônica generalizada (GCP). Foram selecionados 60 indivíduos igualmente divididos em quatro grupos: controles normoglicêmicos saudáveis, normoglicêmicos com GCP (NG+GCP), pré-diabéticos com GCP (PD+GCP) e diabéticos tipo 2 com GCP (T2DM+GCP). Os indivíduos com GCP receberam RAR, o que induziu uma bacteremia aguda e os controles saudáveis receberam apenas raspagem supragengival. Todos os participantes foram avaliados no início do estudo, 24hs, 1 mês e 3 meses após a raspagem. A frequência de células dendríticas mielóides (mDCs) CD1c+, mDCs CD141+, células dendríticas plasmocitoides (pDCs) CD303+ e a expressão dos receptores CCR6 (presente em altos níveis em células dendríticas imaturas) e CCR7 (presente em altos níveis em células dendríticas maduras) foram avaliados por citometria de fluxo. Foi utilizada técnica de PCR em tempo real para investigar a presença de Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis) no biofilme e abrigada pelas DCs. No início do estudo, os indivíduos hiperglicêmicos com GCP tinham níveis de DCs significativamente mais baixos do que os indivíduos normoglicêmicos com ou sem GCP. Após a bacteremia induzida por RAR, observou-se um aumento significativo nos níveis de CD1c+ e CD1c+CCR6+ em todos os grupos com GCP, independentemente do status de glicemia, e esses níveis voltaram aos níveis basais após 1 mês. Em comparação com o grupo NG+GCP, o grupo T2DM+GCP apresentou níveis significativamente mais baixos de DCs ao longo de todos os períodos experimentais. Não foram observadas alterações significativas para CD303+, CD1c+ CCR7+ e CD141+ em resposta à bacteremia; CD303+ e CD141+ foram significativamente mais baixos para T2DM+GCP comparado ao grupo NG+GCP ao longo do estudo. A quantidade de P. gingivalis nas DCs estava aumentada no grupo NG+GCP no início do estudo e após 24h da RAR comparado ao controle, mas não nos grupos hiperglicêmicos. Os resultados premitiram concluir que a hiperglicemia parece afetar negativamente a presença de mDCs e pDCs no sangue periférico e a abilidade dessas células em capturar P. gingivalis. Considerando que a magnitude da expansão de mDCs em resposta a um desafio bacteriano foi semelhante, os indivíduos hiperglicêmicos permaneceram imunocomprometidos em comparação com indivíduos normoglicêmicos.