Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Biazevic, Maria Gabriela Haye |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-05022021-164635/
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Resumo: |
Objetivo. Discutir a evolução da mortalidade por câncer bucal e de glândulas salivares no município de São Paulo, entre 1980 e 2000, bem como associar tal condição a indicadores de desigualdade social. Métodos. Os dados sobre mortalidade por câncer bucal no período foram levantados a partir do banco de dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), segundo os códigos 140.0 a 145.9 da 9a edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-9) e C00.0 a C08.9 de sua 10ª. edição, com discriminação por sexo, localização anatômica e distrito de residência. Os dados populacionais do município foram obtidos por meio dos censos de 1980, 1991, contagem populacional de 1996 e censo 2000, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os indicadores de condição social dos distritos da cidade foram levantados a partir da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e dos recenseamentos gerais de população. Realizou-se uma análise de tendência da evolução recente da mortalidade por local, e um estudo ecológico para a associação de indicadores de mortalidade por câncer bucal e de glândulas salivares e condição sócio-econômica por área do município. A presente pesquisa envolveu apenas o estudo documental de dados secundários e de literatura. Resultados. Câncer de língua foi responsável por quase 50% dos óbitos no período de 1980 e 2000. A maioria das localizações anatômicas apresentou tendência estável, com exceção de câncer de lábio e de gengiva, que apresentaram declínio, e partes não especificadas da cavidade bucal, que apresentou tendência de aumento. Para todos as localizações anatômicas, homens foram mais acometidos que mulheres, numa proporção de 3:1. Houve correlação de -0,238 (p=0,009) para anos de estudo e risco de óbito por câncer bucal; com relação ao chefe da família sem instrução ou com 1º grau incompleto, houve correlação positiva de 0,200 (p=0,025), e de -0,341 (p<0,001) para chefe da família com formação universitária, além de -0,362 (p<0,001) para renda média familiar, -0,268 (p=0,004) para presença de domicílio quitado, e coeficiente de Gini com correlação de 0,275 (p=0,004) relacionado ao risco de óbito por câncer bucal e de glândulas salivares. Distritos com maior proporção de óbitos possuíam piores indicadores de desenvolvimento social, sugerindo que o risco de óbito por câncer bucal e de glândulas salivares se relaciona de maneira estreita com iniqüidades sociais relacionadas à saúde. |