Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Beirigo, Raphael Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-09122013-163435/
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Resumo: |
A paisagem do Pantanal tem como principal agente modelador a dinâmica fluvial, que com suas mudanças nos cursos dos rios, geram um mosaico de superfícies geomórficas criadas em diferentes ambientes de sedimentação com seus respectivos solos. Essas mudanças têm influência direta na hidrologia dos solos gerando alternância e complexidade em seus processos de formação. A sucessão de eventos de sedimentação com posterior retomada da pedogênese dificulta o estabelecimento das relações de causa e efeito, assim como do entendimento da hierarquia e da cronologia dos processos de formação das feições redoximórficas. As feições redoximórficas são os principais atributos utilizados para a identificação de solos sujeitos a inundações e conseqüentes ciclos de redução e oxidação, sejam eles atuais ou pretéritos. O presente trabalho teve como objetivo estudar a gênese das feições redoximórficas em topossequências selecionadas na sub-região do Pantanal de Barão de Melgaço, a fim de avaliar em diferentes escalas de observação a formação e a degradação das feições redoximórficas e seu significado paleoambiental. Partiu-se da hipótese de que as plintitas estão sendo formadas em condições atuais, relacionadas principalmente a ciclos de redução e oxidação causados pelos pulsos de inundação na planície pantaneira, enquanto as petroplintitas formaram-se devido à substituição de climas úmidos por climas mais secos durante o Quaternário. A ocorrência de horizonte B textural (Bt) nestes solos se deve a processos sedimentares e pedogenéticos, com posterior espessamento do horizonte E pela degradação do horizonte Bt (Bt->BE->E), associado à formação de nódulos de Fe-Mn por processos redoximórficos. Os principais tipos de feições redoximórficas identificadas nos solos foram: depleções de Fe-Mn e argila, hiporrevestimentos, revestimentos, preenchimentos, mosqueados e nódulos de Fe-Mn (plintita e petroplintita). As plintitas estão sendo formadas principalmente pelo mecanismo de epissaturação (pseudoglei), com a formação de lençol suspenso nas condições hidrológicas atuais. Por outro lado as petroplintitas que ocorrem em horizontes mais profundos tiveram pelo menos um estágio de formação sob condições hidrológicas bastante diferentes das atuais (clima semi-árido), o que proporcionou rebaixamento do lençol e o endurecimento das plintitas e sua transformação em petroplintitas. A idade relativa por C14 (AMS), do carbono ocluso nos nódulos (1720, 3030, 8540 e 12330 AP), pode ser relacionada aos climas mais secos que ocorreram no Pantanal durante o Quaternário. A mudança no curso do rio promove a deposição de novas fácies sobre materiais que já tiveram pedogênese formando solos enterrados (paleossolos). Por outro lado, as novas condições hidropedológicas instaladas não permitem a estabilidade, causando a degradação das petroplíntitas. O mecanismo de endossaturação (glei) é reponsável pela degradação de alguma das feições redoximórficas formadas por epissaturação. Os processos de gênese e degradação das feições redoximórficas nos solos estudados são policíclicos, o que leva frequentemente à ocorrência de evidências de processos de formação e degradação num mesmo horizonte. |