Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Leandro Anderson de Loiola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-17072018-155750/
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Resumo: |
A interação humana sempre esteve baseada na capacidade de produzir comunicação por meio de signos. Os signos, por sua vez, constituem os diversos textos de cultura, sejam de forma verbal, visual, verbo visual ou audiovisual. O objetivo deste trabalho foi demonstrar que todos esses são resultado da relação direta entre homem e meio ambiente terrestre, a partir de um ponto de vista fenomenológico e semiótico, o que leva à produção de cultura e seus textos. Especificamente sobre a imagem como processo semiótico, entende-se que esta refere-se não somente a imagens visuais produzidas e permitidas por meio da luz natural ou artifical mas, também e principalmente, a imagens encaradas como processos mentais e comunicacionais resultados de diagramação semiótica a partir da informação disponível no meio ambiente terrestre. Isso explica as transfigurações da imagem humana manifestas desde personagens audiovisuais às personas e avatares digitais em ambientes de inteligência artificial. Por isso, o método empregado aqui para entender esses processos foi resgatar antigas práticas culturais, comparando-as com outras mais atuais, sempre à luz de teorias semióticas e daquelas que envolvem a percepção humana como a fenomenologia, por exemplo. Esse foi o percurso para se entender como as informações disponíveis no ambiente propiciam o funcionamento biopsíquico humano em seu processo de tradução sígnica, em diferentes contextos da atuação humana, a exemplo do que tem ocorrido nos meios audiovisuais pela manipulação da imagem do corpo humano. Desde que procurou dominar suas formas de comunicação, o homem tem aprendido e proposto novos métodos que visam possibilitar a sua expressão e intenção. O resultado dessa pesquisa mostra que parece ter feito isso a partir de sua relação com quatro grandezas fenomenológicas disponíveis no ambiente terrestre: a luz, as interfaces, as superfícies e os materiais. Essas ganharam destaque no que se refere à criação de modelos biopsíquicos comunicacionais humanos, a exemplo dos sete textos de cultura apresentados e estudados neste trabalho: a Metoposcopia, a Frenologia, a Morfopsicologia, a Fisiognomonia, a Astrologia, a Cosmologia Xamânica e o Visagismo. Tais produtos culturais permitem ao homem manipular signos da comunicação, principalmente no que se refere às muitas formas em que a imagem humana, assumida como processo semiótico, tem sido manipulada para determinados fins específicos, e isso pode ser comprovado desde o surgimento da fotografia e do cinema, por exemplo. Mesmo antes dessas tecnologias, o homem conseguiu manipular sua imagem semiótica a fim de entender e explicar a existência humana com todas as suas implicações, a exemplo da criação do Mapeamento Astrológico e, mais recentemente, do Mapeamento Cosmológico Xamânico. Esses dois produtos de cultura, juntamente com os outros cinco já citados, fornecem evidências da capacidade humana em produzir significação e comunicação, a partir dos fenômenos e informações disponíveis em ambiente terrestre, projetando aquilo que entende por imagem humana, em todas as suas dimensões, como o que tem acontecido atualmente pela humanização de ambientes virtuais e digitais, frutos da inteligência artificial, por meio da criação de Personas e Avatares. |