Estudo morfológico ultraestrutural e imuno-histoquímico da influência do excesso de flúor no desenvolvimento do germe dental de incisivo de rato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Hassunuma, Renato Massaharu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25142/tde-21062007-150711/
Resumo: A fluorose dentária resulta da toxicidade do flúor durante a odontogênese. Vários modelos experimentais têm sido utilizados para tentar explicar a patogênese do flúor no esmalte, mas durante o período fetal e pós-natal inicial, pouco se conhece a respeito da sua ação. Por isso, no atual trabalho, foram utilizadas ratas que receberam 0, 7 ou 100ppm de fluoreto de sódio na água de beber, no período a partir de uma semana antes do acasalamento, durante toda gestação e durante o aleitamento. As hemimandíbulas dos filhotes com 0, 7 e 14 dias de vida pós-natal (n = 6) foram coletadas para o estudo morfológico em microscopia óptica e eletrônica, análise imuno-histoquímica para amelogenina e estudo morfométrico da matriz de esmalte e dos ameloblastos nas fases de secreção e maturação do incisivo inferior. Os resultados mostraram em ameloblastos secretores do grupo experimental de 100ppm em todos períodos experimentais: uma menor secreção de matriz de esmalte, a desorganização das cristas das mitocôndrias, o aparecimento de grandes vacúolos na região apical do citoplasma, o acúmulo de material intracisternal e a dilatação de algumas cisternas de retículo endoplasmático rugoso. Nos grupos de animais com 7 e 14 dias, a análise de variância (ANOVA) mostrou uma redução significativa (p<0,05) no volume citoplasmático, respectivamente, de 23,80% e 24,75% em relação aos grupos controles. Nos ameloblastos em maturação de borda lisa, foi observada uma grande quantidade de vacúolos com matriz eletrondensa endocitada, sugerindo retardo na reabsorção. Nos ameloblastos de borda rugosa, foi observada a presença de algumas mitocôndrias dilatadas. A análise imuno-histoquímica mostrou que não houve diferença na intensidade e no padrão de marcação da matriz de esmalte em nenhum dos grupos estudados. Portanto, parte do fluoreto de sódio administrado em excesso à mãe na água de beber pode alcançar o filhote pela placenta e pelo leite materno, provocando alterações morfológicas observadas em ameloblastos que sugerem uma redução na secreção e um retardo na reabsorção da matriz de esmalte.