Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Favarato, Maria Elenita Corrêa de Sampaio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-01112001-124454/
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Resumo: |
O climatério, período da vida da mulher situado entre os 35 e 65 anos, constitui uma transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva. Diversas mudanças fazem parte desse período, como a menopausa, alteração da estética física, nos aspectos psicológicos e sociais. No climatério há perda da proteção do estrogênio, ocorrendo aumento significativo na incidência de doenças cardiovasculares, que, após algumas décadas, alcança aquela observada homens. A cardiopatia pode promover um comprometimento global do indivíduo afetando-o, também, nos segmentos afetivo-emocional e social. A sobreposição de duas situações que envolvem importantes aspectos psicossociais - o fim do período reprodutivo e a presença da doença cardiovascular - pode interferir negativamente na qualidade de vida dessas mulheres. O presente estudo avaliou a qualidade de vida em mulheres com doença isquêmica do coração no climatério após a menopausa. O estudo incluiu 100 mulheres após a menopausa, sendo 50 portadoras de doença arterial coronária (DAC) em seguimento no Instituto do Coração (InCor) HC-FMUSP e 50 que não apresentavam doenças associadas (grupo controle) atendidas no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da FSP - USP. A qualidade de vida foi avaliada mediante a utilização de dois instrumentos: uma entrevista estruturada e a aplicação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida ( SF - 36 ). Os grupos eram homogêneos em relação à idade da última menstruação: 49 ±3,9 anos na DAC e 49,2±3 anos no grupo controle. Os grupos também eram similares quanto à escolaridade: 84% possuíam primeiro grau (completo ou incompleto); estado civil: casadas 64% das DAC e 45% do grupo controle e viúvas 18% da DAC e 24% das controle. A atividade profissional fora do lar foi significativamente mais frequente no grupo controle (52%) e 14% nas DAC (p=0,0001). Ambos os grupos demonstraram percepções semelhantes no que se refere a sexualidade. A avaliação da qualidade de vida pelo SF - 36 mostrou melhores resultados no grupo controle em relação a: capacidade física (84 vs 50,5 na DAC); aspectos físicos (84 vs 45,5); estado geral de saúde (87,2 vs 59,1); vitalidade (69,7 vs 51,4) e escore total dos componentes mentais (70,4 vs 58,6). Tais resultados nos levaram à conclusão que a coronariopatia interfere na qualidade de vida das mulheres após a menopausa, limitando a capacidade física e o desempenho das atividades da vida diária, além de intensificar as dificuldades emocionais desse período. |