Imobilização e caracterização bioquímica de mananases e pectinases produzidas por Aspergillus brasiliensis: potencial para aplicação na clarificação de sucos de frutas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Infante, Juliana da Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-11022020-134919/
Resumo: Mananases e pectinases são carboidrases que estão ganhando significativo interesse na área biotecnológica devido ao aumento da demanda pela utilização de fontes biorenováveis. Em vista disso, foram selecionados 4 fungos potenciais produtores de mananase (Talaromyces pinophilus, Aspergillus unguis, Aspergillus brasiliensis e Aspergillus clavatus), que também apresentaram elevadas atividades de pectinase. O fungo Aspergillus brasiliensis foi definido para dar continuidade ao estudo e apresentou melhor perfil de atividade de mananase a 70 °C em pH 4,0 (2,516 UI/mL) e de pectinase a 50 °C em pH 3,5 (4,168 UI/mL). Quando testados em relação a estabilidade ao pH a atividade de mananase foi ativada em 5 horas de incubação e se manteve estável durante 24 horas nos pHs 3,0 a 7,0. A pectinase se manteve estável durante 4 horas de incubação diminuindo sua eficiência após 5 horas em todos os pHs testados. A mananase apresentou termoestabilidade a 50 °C e 60 °C durante 24 horas e pectinase a 40 °C durante 24 horas. O extrato bruto extracelular (EbE) foi imobilizado em resinas de troca aniônica DEAE-Celulose e Q-Sefarose, no qual apresentou taxa de imobilização de mananase de 94,5 % em DEAE-Celulose e 93,8 % em Q-Sefarose e taxa de imobilização de pectinase de 75,2 % em DEAE-Celulose e 86,5 % em Q-Sefarose. HgCl2 inibiu as atividades de mananase e pectinase presentes no EbE e nos derivados DEAECelulose e Q-Sefarose, que pode indicar a presença de sítios tióis próximos ao sítio catalítico. O agente quelante EDTA hiperativou 210 % a pectinase no EbE apresentando característica de metaloproteína, porém inibiu a mananase no EbE e nos derivados DEAE-Celulose e Qsefarose. As mananases e pectinases foram avaliadas em relação a dessorção em diferentes concentrações de NaCl, no qual o derivado Q-Sefarose_Pectinase apresentou forte ligação ao suporte. Com intuito de analisar o potencial do efeito das enzimas imobilizadas nesse estudo (derivado QsMP), foram realizados testes no processo de clarificação de sucos de frutas. QsMP apresentou eficiência na redução da turbidez do suco de maçã na primeira aplicação e nos dois reusos (45 %, 60 % e 49 % respectivamente), no entanto no suco de uva apresentou uma redução de apenas 20 % somente no primeiro uso, perdendo sua eficiência nos reusos seguintes. Podemos concluir nesse estudo que a imobilização aumentou a atividade das mananases e pectinases estudadas, além do aumento da temperatura, pH, estabilidade ao pH e testes de reuso no processo de clarificação de sucos de frutas.