Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Renaira Oliveira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9142/tde-20122021-134008/
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Resumo: |
As pessoas com idade mais avançada normalmente sofrem de algum grau de carência nutricional, sendo a mais comum a carência proteica. O envelhecimento e a desnutrição proteica vão comprometer a hematopoese, a geração de células imunológicas e a resposta imune, podendo causar uma maior suscetibilidade a infecções. As células tronco mesenquimais (CTMs) apresentam propriedades imunomoduladoras e são essenciais na hematopoese. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo investigar, em um modelo de envelhecimento submetido à desnutrição proteica, aspectos relacionados a capacidade imunomodulatória das CTMs. Para isso, foram utilizados camundongos da linhagem C57BL/6. Esses animais foram divididos conforme a idade e foram separados em jovens (3-6 meses) e idosos (18-19 meses), quando atingiram a idade adequada foram separados em controles e desnutridos, os quais receberam rações normoproteicas (12% de proteína) e hipoproteicas (2% de proteína), respectivamente. O consumo de ração nos quatro grupos foi similar. O grupo desnutrido jovem perdeu em torno de 20% de peso e o grupo desnutrido idoso perdeu cerca de 16% de peso, quando comparados com o primeiro dia de dieta. Os animais desnutridos apresentaram anemia, leucoponia e hipoplasia medular; além de que a ingestão reduzida de proteínas provocou as menores taxas de proteínas totais, albumina e ureia no soro. Inicialmente as CTMs foram isoladas e caracterizadas, onde observou-se aumento da expressão de CD73 nas CTMs obtidas de animais idosos, independente do estado nutricional. Adicionalmente, CTMs de animais idosos apresentaram maior taxa de senescência. O sobrenadante de CTMs do grupo desnutrido jovem apresentou redução de IL-1β, TGF-β, e PGE2 e aumento de IL-6; enquanto nas CTMS de animais do grupo idoso observamos aumento de IL-6 e IL-1β e redução de TGF-β e PGE2. Em relação a expressão gênica, observamos de CTMs de animais do grupo idoso apresentaram maior expressão de NOS e NFB e menor expressão de STAT3. Quando avaliada a capacidade imunomodulatória de CTMs, observamos que, independente do grupo estudado, as CTMs foram capazes de reduzir a proliferação de macrófagos e linfócitos, porém CTMs de animais jovens apresentaram maior capacidade em reduzir a taxa de proliferação, principalmente de linfócitos. Em relação as citocinas produzidas por macrófagos quando cultivados com o meio condicionado de CTMs observamos que, independente do grupo avaliado, todos foram capazes de reduzir a produção de TNFα, IL-1α e IL-1β e aumentar a produção de IL-10. Quando avaliada a produção de citocinas por linfócitos cultivados em meio condicionado de CTMs, observamos que CTMs dos animais jovens apresentaram maior capacidade de reduzir a produção de IL-2 e aumentar a produção de IL-10; também observamos que linfócitos cultivados com sobrenadante de animais idosos produziram maior concentração de IFNγ. Portanto, sabendo-se que as CTMs tem sido cada vez mais aplicadas em diferentes situações que envolvem a terapia celular, podemos concluir que o envelhecimento e a desnutrição proteica são fatores que separados ou em conjunto influenciam no efeito imunomodulador dessas células e consequentemente podem afetar seu potencial terapêutico. |