Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Caroline Aparicio Dutra de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-02122022-112956/
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Resumo: |
Existe uma mudança de comportamento alimentar que direciona o indivíduo a seguir uma dieta mais flexível e não tão rigorosa quanto o vegetarianismo ou veganismo, esse fenômeno é o flexitarianismo. É notório que o comportamento alimentar está diretamente relacionado com a identidade e com os processos psicológicos e emocionais do indivíduo, bem como com os contextos em que vivem, sejam eles econômicos, sociais ou culturais. O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento dos flexitarianos, visando indicar como ocorre o processo de redução do consumo de carne, sob a luz da teoria do paradigma do curso de vida, que permite observar o processo de alteração em relação ao consumo de proteína animal, desde momentos anteriores à mudança, ao momento da mudança em si, a forma como o indivíduo se adaptou a ela, e qual foi a mudança ocorrida. Como forma de metodologia, foi realizada uma pesquisa qualitativa com dados coletados em entrevistas semiestruturadas com 24 participantes que reduziram o consumo de carne por pelo menos 3 meses. As análises foram realizadas sob a luz da análise de conteúdo com definição de categorias prévias e posteriores. Os resultados indicam que as influências do passado não tiveram continuidade temporal, ou seja, tais influências não foram decisivas no momento posterior, em que o indivíduo decidiu modificar sua dieta, com a redução no consumo de carne. Contudo, isso não invalida a importância desse passado para a tomada de decisão no futuro - por exemplo, assistir a documentários e seguir influenciadores do tema nas redes sociais teve contribuição na mudança que ocorreria no futuro. Outro aspecto que identificado é que a influência social no indivíduo para tornar-se flexitariano se deu por meio de um relacionamento com alguém que possui uma dieta mais restritiva (vegetariano ou vegano), e não por flexitarianos ou pessoas que conheciam o flexitarianismo. As formas de adaptação à dieta foram as mais diversas, com destaque para voltar a consumir a carne, devido à pressão social e vontade de consumir determinado alimento. A pandemia de covid-19 também emergiu nos relatos como motivo para acréscimo porque foi o momento em que a pessoa teve vontade de consumir a proteína. Por outro lado, também influenciou a redução do consumo, uma vez que não havia mais eventos sociais para participar, o que facilitou a redução. A cultura foi citada como uma forte barreira de redução. Sobre os sentimentos, os principais citados nas entrevistas foram bem-estar, culpa, vergonha e medo, tendo sido relatados sob diferentes contextos e sob a perspectiva das pessoas que experimentaram o fenômeno do flexitarianismo. |