Haptoglobina como biomarcador de doenças em bezerras holandesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ramos, Jean Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-21022019-085544/
Resumo: O presente estudo avaliou a dinâmica da onfalite, diarreia e Doença Respiratória Bovina (DRB), além do comportamento da haptoglobina (Hp) em bezerras Holandesas nos primeiros 41 dias de vida. Ainda, foi possível determinar os parâmetros de performance da Hp frente à detecção de doenças. Para tanto, foram avaliadas 216 bezerras nos momentos D2-6; D7-13; D14-20; D21-27 e D31-41. A haptoglobina (Hp) foi mensurada por técnica espectrofotométrica, enquanto a sanidade das bezerras foi avaliada segundo o Calf Health Scoring Criteria, da University of Wisconsin Madison. A diarreia foi monitorada pela avaliação da consistência das fezes, sendo adotada a seguinte classificação: escore 0 fezes com consistência normal; escore 1- fezes pastosas e semi-formada; escore 2- fezes pastosas com maior quantidade de água e conteúdo fecal aderido ao períneo e cauda; escore 3- fezes líquidas com conteúdo fecal aderido no períneo e cauda. Escores 2 e 3 foram considerados positivos para diarreia. A matéria seca das fezes também foi determinada para avaliação da saúde intestinal, sendo os animais com valores ≤15% classificados como positivos para diarreia. A DRB foi determinada adotando-se os seguintes parâmetros: tosse, secreção nasal, secreção ocular, posicionamento de orelhas e temperatura corpórea, sendo pontuados de 0 a 3 de acordo com a intensidade da sintomatologia. Soma das pontuações escore ≥5 foi adotada para classificar os animais positivos para DRB. As onfalites foram determinadas pela inspeção e palpação das estruturas umbilicais externas. O período de maior prevalência da onfalite foi no D7-13 (8,8%; 19/216), seguida pelas diarreias no D14-20 (42,9%; 76/177) e DRB no D31-41 (26,4%; 55/208). A média da concentração de Hp durante o experimento foi de 0,03±0,05 g/L, com valores mínimo e máximo de 0,00 e 0,52 g/L, respectivamente. Os picos de haptoglobina foram detectados nos momentos D7-13 (0,04±0,07) e D14-20 (0,04±0,05 g/L). Em relação às diarreias (escore fecal 2 e 3), a Hp apresentou sensibilidade de 56,9% e especificidade 74,07%, sendo o ponto de corte estabelecido equivalente a 0,02 g/L. Resultados semelhantes foram observados para diarreias determinadas pelo teor de matéria seca: sensibilidade 58,1; especificidade 76,2; e ponto de corte 0,02 g/L. Em relação a DRB, a sensibilidade e especificidade foi de 72,7 e 81,2%, respectivamente, quando utilizado a soma do escore respiratório≥ 5 associado à temperatura retal >39,5ºC, com ponto de corte de 0,02 g/L. O ciclo de doenças foi caracterizado cronologicamente pelas onfalites, diarreias e DRB nos primeiros 41 dias de vida. A haptoglobina pode ser usada como biomarcador para a detecção da DRB. Por outro lado, a proteína apresentou baixa sensibilidade para detecção de diarreia usando dois padrões-ouro.