Efeito da cell sheet de células-tronco da polpa dentária humana, associada ou não à terapia de fotobiomodulação, no reparo de lesões ósseas em calvárias de ratos portadores de Diabetes Mellitus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pedroni, Ana Clara Fagundes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23155/tde-24022021-113933/
Resumo: Diabetes Mellitus (DM) é uma desordem metabólica que compromete a reparação óssea, demandando novas estratégias terapêuticas. Uma delas se baseia na aplicação da terapia celular por meio da utilização de cultivos do tipo \"Cell sheet\" (CS) - que preservam o contato célula-célula, a organização estrutural e o fenótipo das células-tronco (CTs). Outro tratamento alternativo é a terapia de fotobiomodulação (PBMT), que induz respostas que favorecem a regeneração tecidual. O objetivo deste estudo foi o de avaliar o efeito do uso de CSs de CTs da polpa dentária humana (hDPSC4) indiferenciada, associadas ou não à PBMT, no reparo de lesões ósseas em calvária de ratos diabéticos. O estudo contempla duas etapas: uma in vitro (obtenção e caracterização das CSs) e uma in vivo. Primeiramente, DM foi induzida em 54 ratos, pela administração de Estreptozotocina. Lesões ósseas foram realizadas nos ossos parietais de todos os animais. Essas lesões foram tratadas de acordo com os seis grupos experimentais (n = 6 por grupo/tempo experimental) - G.Controle: lesão sem tratamento; G.PBMT: lesão tratada com PBMT; G.MCol: colocação de membrana de colágeno suíno comercial; G.MCol+PBMT: colocação da membrana de colágeno suíno seguida da aplicação da PBMT; G.CS: colocação da CS e G.CS+PBMT: Colocação da CS seguida da PBMT. A PBMT foi realizada com laser infravermelho (808 nm, 40 mW, 0,028 cm2 de área do feixe, 1,4 W/cm2, 3 s, 4 J/cm2, 0,12 J por ponto) imediatamente, 48 e 96 horas após a cirurgia. Trinta e 60 dias após a cirurgia, as calotas cranianas foram dissecadas, fixadas e submetidas às análises de: Microtomografia Computadorizada (MicroCT), histologia (HE) e histoquímica (Tricrômico de Masson). Os dados foram tratados estatisticamente (p<=0,05). A CS de DPSC indiferenciada não acelerou o processo de reparo ósseo na maioria das lesões, ocorrendo abundante formação óssea em apenas dois animais do G.CS+PBMT em 60 dias. A MicroCT revelou, em 60 dias, aumento significativo no volume ósseo relativo (p=0,0064) e número de trabéculas (p=0,0068) no grupo G.MCol+PBMT e no volume ósseo relativo (p<0,0001) e espessura de trabéculas (p<0,0001) no grupo G.PBMT. Histologicamente, foi possível observar que a CS, em 30 dias, promoveu a formação de tecido osteóide organizado, rico em fibras colágenas e células osteoblásticas, com formação de ilhotas de neoformação óssea distantes dos bordos da lesão. No entanto essa neoformação foi considerada imatura, quando comparada aos outros grupos. Quando a CS foi associada ao PBMT foi possível observar mais fibras colágenas e maior frequência de ilhotas no centro da lesão. Nas condições experimentais dessa pesquisa, na maioria dos casos, a cell sheet (CS) de hDPSC4 indiferenciada não foi capaz de acelerar o processo de reparo de lesões ósseas críticas em calvária de ratos diabéticos.