Prevalência de HPV em tumores de cabeça e pescoço de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Betiol, Julio Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-28012015-141538/
Resumo: INTRODUÇÃO: O papilomavírus humano (HPV) encontra-se amplamente distribuído na população mundial. Apesar da grande maioria das infecções serem transientes, assintomáticas e passíveis de regressão espontânea, a infecção persistente por tipos de alto risco de HPV é necessária para o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais cervicais. Uma vez que apenas uma pequena parcela das infecções progride à lesões malignas após um longo período desde o diagnóstico inicial de lesões precursoras, tem-se iniciado a busca por fatores que possam influenciar na progressão ou na eliminação destas manifestações iniciais. A variabilidade genética viral tem sido apontada como um dos fatores que interagem neste processo. Embora virtualmente todos os tumores da cérvice uterina apresentem o DNA viral, neoplasias em outros sítios anatômicos têm sido apenas em parte correlacionadas com a presença viral, sendo o HPV proposto como um dos agentes causadores de tumores em sítios de cabeça e pecoço. MÉTODOS: Espécimens clínicos de tumores de cabeça e pescoço, fixados em formalina e contidos em parafina (FFPE), provenientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (n=79) e da Santa Casa de Misericórida de São Paulo (n=94), tiveram seu DNA extraído, seguido de diagnóstico e genotipagem de HPV pela metodologia de Inno-LiPA. Análises de linhagens moleculares foram realizadas nas amostras HPV-16 positivas. Análise imunohistoquímica de P16INK4a foi realizada em todas as amostras. RESULTADOS: A presença do DNA viral foi encontrada em 24,1% (19/79) dentre a série de tumores provenientes do ICESP, sendo a cavidade oral o sítio em que foi observada a maior proporção de DNA viral (27,1%), enquanto que 13,8% (13/94) dentre os espécimens provenientes da Santa Casa apresentaram-se positivos para HPV, sendo a cavidade oral o sítio em que foi observada a maior proporção do DNA viral (18,1%). O HPV-16 foi o tipo mais prevalente, detectado em 73,4% das amostras HPV positivas provenientes do ICESP e 61,5% das amostras provenientes da Santa Casa. Independente da Instituição, as amostras foram alocadas no clado das linhagens Asiático-Americana e Europeia em 50%, cada uma, entre os 18 tumores HPV-16 positivos em que as análises de linhagem foram possíveis. Não foi observada, nestas séries, correlação entre a superexpressão de P16INK4a e a presença do DNA viral. CONCLUSÃO: Nas amostras analisadas, o DNA de HPV foi detectado em 18,5% dos 173 espécimens. O HPV-16 foi o tipo mais prevalente. Isolados da linhagem Europeia e da linhagem Asiatico-Americano foram detectados em 50% dos casos, cada uma, dentre as amostras HPV-16 analisadas por este estudo