Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cardoso Filho, Carlos Alberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-14062019-153022/
|
Resumo: |
A prática do alongamento muscular é comum durante as rotinas de aquecimento para a corrida, com a crença de que tal atividade pode prevenir lesões e/ou melhorar o desempenho. Evidências experimentais indicaram que de forma aguda o alongamento estático pode prejudicar, melhorar ou não influenciar no desempenho de corridas de longas distâncias. Da mesma forma, evidenciou-se que o alongamento dinâmico pode melhorar ou não interferir no desempenho da corrida subsequente. No entanto, são escassos os dados relacionados à biomecânica da corrida em função destes estímulos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o de dimensionar os efeitos agudos do alongamento estático e do alongamento dinâmico sobre as variáveis biomecânicas da corrida relacionadas ao desempenho e à sobrecarga mecânica externa. 32 corredores amadores participaram do estudo (20 homens e 12 mulheres; 31,5 ± 4,9 anos; 1,7 ± 0,1 metros; 68 ± 10,8 kg). Os corredores participaram de três sessões experimentais para a avaliação biomecânica durante 15 minutos de corrida em esteira numa velocidade constante. A velocidade de corrida foi individualizada e correspondente à velocidade média da última prova de 10 km de cada participante. Foram feitas aquisições do comportamento da força de reação do solo no eixo vertical (esteira Mercury® Med, H/P/Cosmos Sports & Medical GMB) e da atividade muscular (TeleMyoDTS) do reto femoral, do vasto lateral, do bíceps femoral, do gastrocnemio lateral e do tibial anterior, bem como de parâmetros espaço temporais como o tempo de apoio, a frequência e o comprimento de passos, em quatro momentos distintos: momento 1- entre 0 e 1 minuto de corrida, momento 2 - entre 4 e 5 minutos de corrida, momento 3 - entre 9 e 10 minutos de corrida e momento 4 - entre 14 e 15 minutos de corrida. Em cada sessão de avaliação, os voluntários foram submetidos a um protocolo de exercícios de alongamento distinto, sendo eles: alongamento estático para os membros inferiores, alongamento dinâmico para os membros inferiores e alongamento estático para os membros superiores. Em cada um dos dias, foram executados 5 exercícios distintos, com um volume total de estímulo de 60 segundos para cada grupamento muscular. Os resultados não evidenciaram influência significativa do alongamento estático ou do alongamento dinâmico sobre as variáveis biomecânicas da corrida avaliadas neste estudo. Observou-se somente efeitos principais de momento, evidenciando uma diminuição no primeiro pico da força de reação do solo no momento 4 em comparação com o momento 2 (p = 0,011), um aumento no comprimento e uma diminuição na frequência de passos (p < 0,05) nos momentos 3 e 4, e uma menor intensidade de atividade muscular do bíceps femoral e do gastrocnêmio lateral na fase de apoio a partir do momento 2 (p < 0,05), independentemente do tipo de exercício de alongamento utilizado. Com base nestes resultados é possível concluir que a utilização de até 60 segundos de alongamento, estático ou dinâmico, para os membros inferiores não foi capaz de influenciar significativamente o comportamento muscular e os parâmetros dinâmicos durante uma corrida na esteira em velocidade constante submáxima |