Desenvolvimento motor em crianças de risco e o cuidado materno no domicílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Joselici da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-10092019-192011/
Resumo: Com o objetivo de verificar a contribuição das orientações (verbal e folder) fornecidas às mães na estimulação do desenvolvimento motor de crianças de risco, realizou-se estudo experimental prospectivo com crianças cadastradas no serviço de follow up do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, com fatores de risco e idade corrigida entre quatro e 12 meses. Houve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP. Entre março e abril de 2017, elaborou-se e validou-se, com juízes e mães, um folder com orientações para o desenvolvimento motor no domicílio. O folder foi validado por cinco fisioterapeutas, cujas considerações para estilo da escrita, organização e aparência foram aceitas e implementadas; e por dez mães que responderam a um questionário, cujas questões apresentaram concordância de adequação acima de 70%. As sugestões sobre layout e conteúdo foram incorporadas, respeitando-se a versão e o sentido original do folder. Juízes e mães concordaram, unanimemente, com a aplicabilidade do folder. Em seguida, entre março e novembro de 2017, na etapa de orientações verbais e folder, participaram 60 crianças e suas mães, inseridas em dois grupos de 30, que foram avaliados em dois momentos, com intervalo de dois meses. No primeiro, as mães responderam um questionário e receberam orientações sobre estímulos a serem realizados (verbal e folder); as crianças foram avaliadas com a Escala de Avaliação Motora de Alberta (AIMS). No segundo encontro, as mães responderam ao questionário sobre a realização dos estímulos e as que receberam folder indicaram sua contribuição; as crianças tiveram o desenvolvimento reavaliado. A avaliação da variável \"Entendeu as orientações? \" apresentou associação significativa entre os grupos, e a frequência de mães que entenderam todas orientações foi maior no grupo que recebeu o folder (p=0,01). Na avaliação do desempenho motor não houve diferença entre os grupos. Identificou-se aumento da média do escore total da AIMS e das posturas prono, supino, sentado e de pé, em ambos os grupos, indicando melhora do controle postural e repertório motor. Ao se considerar fatores que poderiam interferir no desenvolvimento, conclui-se que houve relação significativa com nível socioeconômico (p=0,46) e realização de fisioterapia motora (p=0,003). Conclui-se que a realização de fisioterapia motora pode atuar como fator de proteção e contribuir no desempenho motor. Ambos os grupos, na pré-intervenção, apresentaram maior número de crianças com desenvolvimento suspeito ou atrasado. O fato de a maioria das famílias pertencer às classes C1 e C2 pode ter contribuído para o baixo desempenho, de ambos os grupos, préintervenção. O estudo espera contribuir para a sensibilização dos atores envolvidos e para a otimização do suporte oferecido a populações vulneráveis. Recomenda-se, para fisioterapeutas, a reflexão sobre a importância da atenção não somente para as necessidades das crianças, mas também para o suporte familiar. Por fim, indica-se a instituição desse folder para compor o trabalho voltado ao desenvolvimento motor da criança de risco