Coeficientes de respiração de crescimento e de manutenção em milho (Zea mays L.) e arroz (Oryza sativa L.) submetidos ao estresse de alumínio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Machado, Eduardo Caruso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093456/
Resumo: Da produção fotossintética bruta de uma planta uma fração é convertida em fitomassa (biossíntese), outra é destinada a manutenção da integridade celular e outra é oxidada à CO2 e H2O pela respiração. Conceitualmente, as perdas respiratórias estão associadas à biossíntese de nova fitomassa, e com a manutenção da fitomassa existente. O balanço diário de carbono (BC) da planta, ou de seus órgãos separadamente, pode ser descrito pela equação ΔS/Δt = Y(ΔS/Δt - M P), onde ΔP/Δt é o incremento diário de fitomassa, Y a eficiência de conversão (incremento de fitomassa por unidade de substrato utilizado), ΔS/Δt o substrato disponível, M o coeficiente de respiração de manutenção e P a fitomassa a ser mantida. Neste trabalho teve-se como objetivos: 1) montar um sistema para medidas do BC, sob condições controladas, em plantas intactas; 2) determinar a eficiência de conversão e o coeficiente de respiração de manutenção de plantas intactas e de seus órgão, raízes e parte aérea , separadamente, em cultivares de milho e arroz, tolerantes e sensíveis ao Al3+, quando submetidas ao estresse. Foram utilizados dois híbridos simples de milho, HS 1227 e HS 7777, e duas cultivares de arroz, IAC-165 e IAC-899. As cultivares HS 1227 e IAC-165 são tolerantes, enquanto que HS 7777 e IAC-899 são sensíveis ao Al+3. Os coeficientes Y e M foram estimados variando-se ΔP/Δt em função de ΔS/Δt, os quais foram medidos pelo fluxo de CO2 em períodos alternados de 12h de luz (influxo de CO2 e escuro (efluxo de CO2). Os parâmetros ΔP/Δt e ΔS/Δt foram obtidos em duas condições: uma de alta irradiância, em que as plantas cresciam ativamente; outra, com baixa irradiância onde o influxo fotossintético diário de CO2 era balanceado pelas perdas respiratórias e ΔP/Δt = 0, ou ΔS/Δt = MP (estado de manutenção). O sistema de medidas desenvolvido mostrou-se adequado para medidas das trocas de C02 da planta, permitindo a análise das relações quantitativas entre fotossíntese, respiração e crescimento. A eficiência de conversão da planta (Y) e da parte aérea (YA) não diferiram entre milho (C4) e arroz (C3), indicando que o metabolismo fotossintético não interfere no processo de conversão de fotossintetizados em fitomassa . Independente da cultivar, YA foi maior que YR (eficiência de conversão das raízes); enquanto que o coeficiente de respiração de manutenção foi sempre maior para as raízes. A menor eficiência das raízes pode estar relacionada à necessidade adicional de energia para a absorção iônica, acrescida da baixa eficiência respiratória das raízes. A avaliação da produção bruta de fotossintetizados permite a diferenciação entre cultivares tolerantes e sensíveis ao Al+3. Entretanto, não houve evidências que possibilitem relacionar eficiência de conversão ou coeficiente de respiração de manutenção com tolerância ao estresse de Al3+.