Uma aplicação da teoria dos jogos ao mercado do vestibular brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gontijo, Marina Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-07102008-143516/
Resumo: O presente trabalho apresenta uma breve revisão sobre a origem e evolução do vestibular no Brasil, apontando as principais questões e as grandes mudanças ocorridas no decorrer do século XX. Aborda o mercado de alocação de alunos às universidades brasileiras sob dois pontos de vista distintos: (i) estuda a eficiência do mecanismo utilizado e (ii) analisa, os incentivos dos candidatos ao se decidirem por quais instituições de ensino se candidatar. No primeiro enfoque modela o vestibular, mercado ainda não explorado na literatura, procurando adaptar a teoria às especificidades do mercado em questão. Para a utilização de todo o arcabouço da teoria dos jogos modela o mercado relacionado ao vestibular como um mercado de matching de dois lados. Identifica possíveis ineficiências do processo atual, e estende alguns resultados ao novo mercado. Ao relaxar a hipótese de informação completa, apresenta um modelo de equilíbrio que determina a alocação de candidatos ao ensino superior. Por meio da teoria microeconômica clássica, busca-se entender como o esforço e a opção de escola do individuo devem mudar em função de suas habilidades, da faculdade e do nível de seus concorrentes. O equilíbrio determina um vetor de esforços dos agentes e as notas de corte das faculdades. Por fim, são realizadas simulações computacionais do modelo teórico para algumas formas funcionais e paramétricas. A possibilidade de distintas preferências pelas faculdades por partes dos candidatos contempla situações novas na teoria, mas recorrentes no mundo real. Dessa forma, bons candidatos que não avaliam bem as melhores faculdades, acabam se esforçando menos e perdendo as vagas para candidatos não tão bem conceituados. Espera-se que o modelo possa ser estendido e usado para avaliar algumas questões relevantes de políticas educacionais, tal como políticas de ação afirmativas; efeitos de complementaridade entre características de alunos na alocação final, dentre outros.