Fabricação e caracterização de um protótipo de arcabouço para engenharia tecidual de válvulas cardíacas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Simbara, Márcia Mayumi Omi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-17122019-153538/
Resumo: Estima-se que, em 2050, o número de pacientes ao redor do mundo que precisarão de substituições valvares chegue a 850 mil por ano. As próteses atuais (mecânicas e biológicas) apresentam bons resultados, porém são incapazes de crescer com os pacientes. A engenharia tecidual aparece como promessa para resolução deste problema, pois visa à criação de um substituto vivo. O presente trabalho teve como objetivo fabricar e caracterizar um novo arcabouço polimérico biorreabsorvível para engenharia tecidual de valvas cardíacas, além de encontrar um processo de esterilização eficaz para viabilizar seu uso como dispositivo implantável. O arcabouço, inicialmente projetado para valvas semilunares, foi baseado no formato das próteses biológicas, sendo composto por um anel rígido, denominado stent (cujo formato foi otimizado através do método de otimização topológica) e três folhetos flexíveis. Os processos de fabricação e materiais escolhidos para a confecção do arcabouço foram: a manufatura aditiva em poli(ácido láctico) (PLA) para o stent, e a técnica de fiação por sopro em solução com poli(?-caprolactona) (PCL) para os folhetos. Primeiramente, foram fabricadas amostras, utilizando as mesmas técnicas e materiais mencionados, em formato simplificado (retangular). Estas foram submetidas a caracterizações químicas, mecânicas, morfológicas e de desempenho biológico. A esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio foi então testada e validada, e as amostras estéreis foram caracterizadas da mesma maneira, para verificar se este processo causou alguma alteração. Posteriormente, um protótipo completo foi fabricado e seu desempenho hidrodinâmico foi avaliado. Os resultados mostraram que o processo de esterilização cumpriu seu propósito sem alterar as propriedades analisadas do arcabouço. O desempenho hidrodinâmico foi considerado satisfatório, dado que o arcabouço suportou pressões de até 120 mmHg por mais de 30 minutos, indicando assim que o design e os materiais escolhidos são adequados. Tais resultados indicam que o arcabouço pode, em breve, seguir para a cultura celular em biorreator, onde espera-se obter uma estrutura com organização tecidual semelhante à da valva nativa.