Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Carpanezzi, Odete Terezinha Bertol |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-105927/
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Resumo: |
O sistema agroflorestal tradicional de cultivo da bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) para produção de lenha existe desde o começo do século na Região Metropolitana de Curitiba - PR e abrange hoje cerca de 60 mil hectares. Trata-se de um sistema com produtividades agrícola e florestal não elevadas, compensadas pelos níveis baixos de aplicação de insumos e de emprego de mão-de-obra, o que o torna economicamente atraente. Conceitualmente, o sistema tradicional de cultivo da bracatinga é uma variação do sistema taungya. Ele é praticado, de modo predominante, em propriedades agrícolas de tamanhos pequeno e médio, e possui papéis econômico, social e ambiental importantes. Desde o seu início, as inovações tecnológicas no sistema, para aumento de produtividade, foram poucas e introduzidas diretamente pelos agricultores. Visando melhorar o desempenho do sistema, um experimento de campo foi realizado em um bracatingal em Bocaiúva do Sul - PR, no início de uma rotação baseada em regeneração natural. Os tratamentos, ou sistemas de cultivo alternativos, consistiram em vários níveis de redução da densidade inicial da bracatinga, associados à mudanças na disposição espacial das culturas agrícolas e na sua adubação. Um tratamento somente com cultivos agrícolas foi incluído com o objetivo de estabelecer contraste com o sistema agroflorestal tradicional, o qual é a forma predominante de produção agrícola na região. Em todos os tratamentos, as culturas agrícolas foram restritas ao primeiro ano. A bracatinga foi medida até a idade de 29 meses. A produção volumétrica da bracatinga, nos tratamentos, foi prevista até a idade de sete anos, por uma equação desenvolvida especialmente para isto. A avaliação econômica foi baseada nos volumes previstos aos sete anos. Os resultados conduziram às seguintes conclusões: 1. a ausência de capinas é prejudicial ao crescimento da bracatinga, pelo acirramento das competições intra e interespecífica; 2. os cultivos agrícolas intercalares tendem a prejudicar a produtividade florestal somente na fase inicial (até 15 meses de idade), comparativamente ao cultivo da bracatinga não consorciada com densidade similar; 3. a redução da densidade de plantas de bracatinga, em nível mais acentuado do que ora praticado no sistema agroflorestal tradicional, implica em redução da mortal idade em valores absolutos e aumenta, consideravelmente, o crescimento individual das árvores; 4. para o aumento de produtividade de lenha por área, há necessidade de investigações complementares para precisar a densidade ideal de plantas de bracatinga e o momento de realizar o desbaste; 5. a produtividade agrícola é superior em sistemas não consorciados com bracatinga; e 6. todos os sistemas de cultivo comparados são rentáveis do ponto de vista econômico; todavia, o escalonamento dos sistemas segundo a rentabilidade depende do critério econômico utilizado. |