Estudo dos polimorfismos das regiões hipervariáveis HV1 e HV2 do DNA mitocondrial da população brasileira aplicado à identificação humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Chen, Bety
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-19032015-095415/
Resumo: Com o intuito de avaliar os polimorfismos de mtDNA e a diversidade genética na população brasileira, foram estudados 84 indivíduos não aparentados: 49 caucasóides e 35 negróides da região sudeste do Brasil. As amostras de sangue obtidas por punção da polpa digital foram colocadas em papel de filtro e o mtDNA extraído pelo método orgânico. Foram amplificadas as regiões hipervariáveis HV1 a partir do nucleotídeo 16.051 até 16.365 e HV2 entre os nucleotídeos 71 e 340. O fragmento foi purificado e após a reação de seqüenciamento, as fitas sense e anti-sense foram alinhadas com a seqüência de Anderson e sobrepostas para confirmação. Foram encontradas 108 posições contendo transições, 15 transversões, 11 deleções e 4 inserções. Nove regiões apresentaram duas variantes de seqüência polimórfica. A maioria das seqüências foi observada uma única vez e em 84 indivíduos foram observados 80 haplótipos distintos. O índice de diversidade genética e a probabilidade de semelhança entre duas seqüências escolhidas ao acaso foram respectivamente de 0,9714 e 0,0286 para os negróides e de 0,9788 e 0,0212 para os caucasóides. Ao realizar análise pareada dos haplótipos, a média de nucleotídeos diferentes entre as seqüências foi de 14,36 ± 5,68 bases em um total de 3.486 pares comparados, indicando uma alta diversidade entre haplótipos nesta população. Os resultados demonstraram que o mtDNA é informativo para identificação humana e o conhecimento da freqüência dos haplótipos na população de interesse tem utilidade significativa na aplicação Forense, principalmente para se avaliar estatisticamente os resultados, fornecendo maior precisão, exatidão e dados contundentes nas investigações.