Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Kelma Cristina de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-19022024-161213/
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Resumo: |
Ensinar conteúdos de Botânica na escola é parte importante na formação de cidadãos, principalmente sendo o Brasil o país com a maior Biodiversidade Vegetal do planeta, onde as questões de conservação fazem parte do debate socioecológico. O ensino de Botânica é historicamente marcado por desafios, sendo considerado, muitas vezes, conteudista, memorístico e bastante complexo por docentes e alunos. Dentre as possibilidades para minimizar tais dificuldades, destaca-se a apropriada formação docente. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo geral compreender como o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo (CPC) de Biodiversidade Vegetal é mobilizado, no contexto do Ensino Verticalizado do Instituto Federal São Paulo (IFSP) e do Ensino Remoto Emergencial, por professoras de Biologia em dois diferentes cursos: Ensino Técnico Integrado ao Médio e Licenciatura em Ciências Biológicas, tendo como referencial teórico o modelo de CPC proposto por Magnusson, Krajick e Borko (1999). Para que esse objetivo fosse alcançado: (i) realizamos um levantamento do histórico sobre a verticalização na Educação Profissional Tecnológica com foco nos Institutos Federais e investigamos esse processo segundo a visão de coordenadores e professores; (ii) realizamos uma análise documental de como ocorreu a implantação do Ensino Remoto Emergencial no IFSP e; (iii) realizamos um estudo de casos múltiplos. Buscamos reconhecer possíveis particularidades no CPC de duas professoras do IFSP ao abordar a temática Biodiversidade Vegetal durante o ensino remoto. Lançamos mão de entrevistas semiestruturadas, de questionários de Representação de Conteúdo (ReCo) e da observação das aulas, enquanto instrumentos de produção dos dados. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, a partir da qual elaboramos categorias a posteriori (entrevista com coordenadoras) e consideramos categorias a priori (ReCo, aulas e entrevista). Encontramos que o conceito de verticalização é complexo e envolve diferentes perspectivas. Emergiram duas definições a partir da fala das participantes desta pesquisa (1) oferta de cursos de níveis diversos na mesma instituição e (2) existência de um professor apto a ministrar conteúdos diversos para diferentes níveis de ensino, em uma mesma instituição. Sugerimos que haja um direcionamento institucional (gestão do IFSP) em relação à verticalização, principalmente no que refere à formação de servidores. Consideramos que, dada a expansão acelerada da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, pode ter havido pouca discussão interna e, consequentemente, prejuízos no planejamento das ações. Sobre as manifestações do CPC das professoras Rosa, no Ensino Técnico Integrado ao Médio, e Margarida, no Ensino Superior, interpretamos que elas têm um sólido conhecimento do conteúdo específico Biodiversidade Vegetal. Encontramos ocorrências de todas as categorias do modelo de CPC de Magnusson, Krajick e Borko (1999). A professora Rosa ensina os conteúdos de Biodiversidade Vegetal se utilizando do ensino por investigação, mesmo durante o Ensino Remoto. Desenvolve os conteúdos de forma particular, caracterizando os grupos de vegetais pelo sistema vascular. Os conhecimentos com maior frequência são os curriculares, entendimento das dificuldades dos estudantes e estratégias instrucionais. Em relação a avaliação, Rosa utiliza majoritariamente provas com foco no conteúdo conceitual, mas também estratégias com maior participação dos alunos e outros focos, incluindo autoavaliação. Quanto as Orientações para o Ensino de Ciências constatamos que a professora Rosa apresenta a orientação Investigação. Em relação à professora Margarida, ensina os conteúdos de Biodiversidade Vegetal se ancorando fortemente na contextualização ao cotidiano dos estudantes. Os conhecimentos com maior frequência são os curriculares, entendimento das dificuldades dos estudantes e estratégias instrucionais. A avaliação de Margarida é processual e com diversidade de instrumentos. Encontramos como particularidade do seu CPC que, como professora formadora, ela ensina aos licenciandos como poderiam ensinar os conteúdos de Botânica a alunos da Educação Básica. Como consideração ante aos resultados, propusemos uma categoria adicional ao modelo de Magnusson, Krajick e Borko (1999): Ensinar a ensinar, como uma característica importante de uma professora formadora. Também percebemos que seu CPC pessoal é mobilizado para ensinar conteúdos, convertendo, assim em CPC em ação. Quanto às Orientações para o Ensino de Ciências inferimos que a professora do ensino superior apresenta nuances da orientação Didática e Atividade Dirigida. Percebemos para as duas professoras, que o CPC pessoal sobre o tema foi fortemente convertido em CPC em ação, principalmente durante o Ensino Remoto, ao buscarem novas estratégias para engajar e promover a aprendizagem de seus estudantes |