Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Verônica Rego de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-30032022-074747/
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Resumo: |
Além dos radicais livres, existem outros mecanismos que aceleram o envelhecimento cutâneo, como o processo de glicação das fibras de colágeno, o qual vem sendo muito estudado. Esse processo ocorre por um mecanismo não enzimático que visa a glicação de um monossacarídeo com uma proteína, geralmente colágeno, o que faz com que as fibras de colágeno se tornem rígidas, além de formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs), os quais resultam na perda da elasticidade e firmeza da pele. No caso de portadores de Diabetes Mellitus (DM), a alta concentração de açúcar no sangue faz com que o processo de glicação seja exacerbado levando a alterações cutâneas, como danos na função barreira da pele. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi desenvolver e avaliar a eficácia clínica de formulações dermocosméticas contendo os extratos aquosos de semente de girassol (Helianthus Annus) e de alga vermelha (Hypnea musciformis), os quais possuem potencial antiglicante. Previamente ao desenvolvimento das formulações foi realizada a caracterização da pele de indivíduos saudáveis e portadores de Diabetes Mellitus visando comparar ambas as peles como suporte para a realização do estudo clínico de eficácia de formulações antiglicantes. A seguir, formulações acrescidas ou não (veículo) do extrato antiglicantes de Helianthus Annus e desse extrato em associação com o de Hypnea musciformis foram desenvolvidas e submetidas à testes de estabilidade por determinação do comportamento reológico e características organolépticas. Por fim, para o estudo clínico de eficácia foram recrutadas 59 participantes de estudo do sexo feminino, idade 39-55 anos, sendo 21 saudáveis e 38 portadores de diabetes tipo 2, não insulina dependentes, as quais foram divididas em 3 grupos: V01 com associação de substâncias ativas, V02 com o extrato de alga vermelha e V03 o veículo. Antes e após 45 e 90 dias de aplicação das formulações na pele da face foram realizadas medidas da perda transepidérmica de água, hidratação, propriedades viscoelásticas, microrrelevo cutâneo, ecogenicidade da derme e características morfológicas e estruturais da pele, por meio de técnicas de biofísica e análise de imagem da pele. Os resultados obtidos mostraram que as formulações foram estáveis não apresentando alterações significativas no comportamento reológio, valores de pH e características organolépticas após 56 dias de armazenamento nas temperaturas 5º e 45º. O estudo clínico de caracterização da pele mostrou que há diferenças significativas nos parâmetros biofísicas e morfológicos avaliados entre a pele de indivíduos saudáveis e portadores de diabetes. Além disso, após o tratamento com as formulações objeto de estudo houve melhora significativa da barreira cutânea e da derme da pele dos indivíduos diabéticos quando comparada com as saudáveis principalmente em relação ao aumento da ecogenicidade da derme. Por fim, o extrato da alga vermelha, isoladamente ou em combinação com o extrato de girassol, pode ser sugerido como uma substância ativa inovadora e eficaz para o desenvolvimento de formulações para o controle de alterações cutâneas decorrentes do processo de glicação. |