Interfaces dos riscos urbanos na Região Metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Renata Maria Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-14012019-165513/
Resumo: Diante do crescimento de ameaças extremas, a gestão do risco de desastres é um campo em transformação. Marcos internacionais, que promovem a preparação da resiliência física e financeira nos países, e a lei que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, orientam a mudança de foco da resposta à prevenção, exigindo desdobrar o tema em agendas urbanas variadas. Compreender fatores que amplificam riscos é um dos pontos dessa agenda: em contextos adensados, há vulnerabilidade criada pela própria complexidade e interdependência de grandes sistemas de infraestrutura urbana. Sobre ela, a precariedade urbana acumula vulnerabilidades que podem não resultar em simples soma, mas na escalada dos riscos. Situações classificadas como baixo risco por um setor, quando associadas, podem desencadear efeitos de grande escala. Contribuindo como método para análise de riscos desse contexto, esta tese aborda dimensão desafiadora: a Região Metropolitana de São Paulo como segunda natureza. Compreende desastres como falhas de sistemas urbanos, e busca analisar interfaces em risco que podem amplificar impactos. Identifica, nos conflitos entre escalas local e regional, riscos residuais, falhas sistêmicas, de interface e de desenvolvimento intersetorial. Como base empírica, levanta instrumentos de planejamento e de identificação de risco já existentes e potenciais, e desenvolve análise quantitativa de ocorrências na abrangência Metropolitana para os últimos 10 anos. A análise qualitativa, baseada em notícias de jornal dos períodos com eventos mais críticos, foi desdobrada por meio de entrevistas e levantamento de processos, planos, propostas e programas existentes para 3 casos emblemáticos na RMSP: inundações persistentes no Jardim Pantanal; conflitos entre ocupação, controle de inundação e o Sistema Cantareira na região Norte; e conflitos nos aproveitamentos hídricos a oeste, com impactos extrametropolitanos. As conclusões conduzem a uma agenda específica de pesquisa urbana, como campo que pode conferir visão integradora e de coordenação ao tema da gestão de riscos.