Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Maito, Deíse Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-20062022-155852/
|
Resumo: |
Este estudo tem como objetivo compreender a percepção que os agentes institucionais, responsáveis pela política universitária, têm da violência sexual e da violência baseada em gênero. São também objetivos do trabalho: analisar o conhecimento que os gestores universitários têm sobre os procedimentos existentes em relação à violência baseada em gênero, em geral, e violência sexual, em particular; compreender as concepções e percepções desses gestores sobre gênero, violência sexual, violência baseada em gênero; identificar a percepção dos gestores sobre a responsabilidade da universidade para enfrentar a violência baseada em gênero, em geral, e a violência sexual, em particular, e descrever o enfrentamento à violência baseada em gênero, em geral, e a violência sexual, em particular, na Universidade de São Paulo (USP) - Campus Ribeirão Preto. Para atingir esses objetivos, esta pesquisa, conduzida no campus USP Ribeirão Preto, desenvolveu-se em duas etapas: (1) etapa qualitativa exploratória, com entrevista semiestruturada que abordou informantes-chave e posterior análise de conteúdo; (2) etapa quantitativa, com questionário semiestruturado aplicado junto aos gestores universitários (diretores de unidade, presidentes de comissões regimentais, coordenadores de cursos de graduação e funcionários em cargos representativos das unidades do campus USP Ribeirão Preto) e posterior análise estatística descritiva e bivariada. A primeira etapa, além descrever o cenário da violência baseada em gênero no ambiente universitário, forneceu subsídios para o refinamento do questionário utilizado na etapa quantitativa. Os resultados obtidos são apresentados em quatro artigos. O primeiro deles permitiu identificar que as universidades, inclusive a USP, têm autonomia para enfrentar a violência baseada em gênero em suas institucionalidades, além de descrever aspectos do enfrentamento. O segundo reúne e discute os tipos de violência presente no cotidiano universitário: trote; violência baseada em gênero e raça; assédio moral; violência institucional, entre outros. O terceiro reúne relatos sobre violência sexual, na perspectiva dos crimes contra a dignidade sexual do Código Penal Brasileiro, sendo eles estupro, importunação sexual e assédio sexual. O quarto artigo reúne os achados da etapa quantitativa, resultantes do questionário aplicado aos gestores, e são apresentados e discutidos seu conhecimento, sua percepção, sua compreensão e opinião sobre a violência baseada em gênero no contexto universitário, experiência com violência, experiência profissional e aspectos sociodemográficos. Pela análise estatística bivariada, foram encontradas associações entre experiência com violência na universidade e conhecimento sobre violência baseada em gênero na universidade e entre experiência e opinião sobre violência na universidade. Apesar de o estudo estar adstrito a um único campus, seu diálogo com a literatura permitiu identificar que a problemática é comum a várias universidades e as especificidades das violências, sobretudo a baseada em gênero, merecem atenção para o desenvolvimento de políticas para o seu enfrentamento. A ampliação do conhecimento sobre o problema é uma forma efetiva de realizar este enfrentamento. |