Seleção natural e seleção por consequências: estudo sobre a transposição da teoria evolutiva selecionista à análise do comportamento de B. F. Skinner

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Dias, Carlos Eduardo Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-08012016-104659/
Resumo: A Análise do Comportamento apresenta suas raízes nas Ciências Naturais, em especial, na Biologia. Estas raízes ofereceram uma transposição de modelos metodológicos e conceitos teóricos que foram incorporados na Análise do Comportamento. Dentre estes, encontra-se o modelo de Seleção por Consequências, proposto por B. F. Skinner. Tal modelo é baseado na teoria da Seleção Natural de Darwin. Com isto, o presente trabalho tem como objetivos analisar 1) as características da Seleção Natural e da Seleção por Consequências; 2) as aproximações e diferenças presentes na transposição proposta por Skinner; e 3) a apresentação de outros processos evolutivos concomitantes à Seleção Natural e a discussão da possibilidade e necessidade da incorporação destes. Assim, o Capítulo 1 apresenta a formulação da ideia selecionista, utilizando autores clássicos do pensamento evolutivo (Darwin e Wallace). O Capítulo 2 apresenta as características particulares do modelo de Seleção por Consequências de Skinner. Por fim, o Capítulo 3 apresenta as críticas gerais ao modelo selecionista e enuncia outros modelos evolutivos que podem ser passiveis de serem transpostos à Análise do Comportamento. Observa-se a partir das análises textuais a presença de convergências e divergências entre o modelo de Skinner e a teoria evolutiva. Ambos apresentam o ambiente como força motriz das mudanças comportamentais e evolutivas, colocando a pressão deste ambiente como consequência selecionadora das características variantes nos indivíduos. Entretanto, o modelo de Skinner apresenta disparidades e problemáticas: a) aproxima-se mais de autores como Wallace em relação à Darwin; e b) não apresenta uma atualização dos modelos disponíveis, negligenciando processos evolutivos que podem ser transpostos ao fenômeno comportamental. Ainda se discute a viabilidade da transposição, como o status teleológico do selecionismo, o caráter inédito da proposta de Skinner, e a natureza metafórica da analogia em si. Discute-se uma atualização dos conceitos por parte da Análise do Comportamento assim como a incorporação de modelos acessórios à Seleção Natural, com o objetivo de diminuir as fronteiras entre as ciências e aumentar o poder explicativo dos modelos propostos