Diferenças entre mães e pais em visita a museus de ciências.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rufato, Bruna Pozzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-10092015-155805/
Resumo: Os museus são instituições intrinsecamente educativas e, nas últimas décadas, aumentou-se a preocupação sobre como acontece a aprendizagem nesses espaços. Sendo a visita ao museu geralmente realizada junto a outras pessoas, principalmente familiares, o olhar sobre as interações realizadas por estes grupos e os fatores que podem influenciar esse aprendizado pode fornecer informações importantes sobre como os sujeitos aprendem durante essa atividade. Um desses fatores, amplamente estudado no ensino de ciências, é a questão do gênero. Sob a perspectiva sociocultural, essa pesquisa investigou as interações familiares no público aqui chamado de \"espontâneo\" (não escolar) em visita ao Espaço Cultural Catavento (São Paulo), com o foco nas diferenças de gênero de pais e mães que podem surgir nessas relações. No Brasil, ainda são poucas as pesquisas realizadas em museus que tenham buscado conhecer os grupos familiares que visitam essas instituições e não há pesquisas sobre o papel do gênero dos pais nas interações que acontecem na situação de visita. Assim, foram analisadas as conversas e as atitudes de mães e pais com seus filhos em visita ao espaço. Os resultados mostram que mães tendem a utilizar mais falas afetivas e estratégicas, enquanto pais são mais conceituais. Quando apenas um adulto está acompanhando a(s) criança(s), é mais comum que as decisões de movimentação sejam tomadas pela(s) criança(s), ao contrário do que acontece quando pai e mãe estão presentes. Nestes casos, as mães foram mais direcionadoras do que os pais. Em geral, mães participam mais das interações com a(s) criança(s), tanto quando estão sozinhas quanto na companhia do pai. Porém, mães sozinhas participam mais do que mães acompanhadas de pais e pais sozinhos participam menos do que pais acompanhados de mães. Os achados abrem caminho para a discussão dos papéis culturais de homens e mulheres nas estruturas familiares, que diferem para cada contexto histórico-social.