Contribuição ao estudo da biologia do Oligonychus (Oligonychus ilicis) (Acarina: Tetranychioae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1972
Autor(a) principal: Heinrich, Walter O
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143942/
Resumo: O Oligonychus (Oligonychus) ilicis, ácaro vermelho do cafeeiro, é encontrado em grandes áreas cafeeiras dos Estados de São Paulo e Paraná. Foi descrito pela primeira vez por McGregor em folhas de Llex opaca coletadas em 1917 9 em Batesburg, Carolina do Sul, Estados Unidos da América do Norte. O ácaro vive sobre a superfície superior das folhas do cafeeiro. Para estudar sua biologia, três técnicas diferentes foram ensaiadas: 1º- foram experimentadas as células de criação usadas por NEWCOMER & YOTERS (1929); 2º - foi utilizado o método de folhas destacadas de RODRIGUEZ (1953) que demonstrou ser apropriado para a criação de ácaros em laboratório , e que foi usado intensivamente, a seguir; 3º - a técnica dos discos de folhas como foi empregada por SIEGLER (1947) para ensaiar a ação de acaricidas, foi utilizada em observações complementares. Logo foi verificado que todos os ácaros nascidos de fêmeas não fecundadas eram também fêmeas.Das que eram coletadas em cafeeiros, a progênie resultante apresentava proporção muito baixa de machos. Já a segunda geração de laboratório, revelou completa ausência deles entre seus componentes. Os ácaros das gerações seguintes eram. sempre do sexo feminino e a reprodução tornou-se estritamente partenogenética. Devido a esses fatos, o estudo do ciclo vital e quase todas as outras observações foram. feitas em fêmeas. De 5 de janeiro de 1966 a 25 de janeiro de 1967 9 dezesseis gerações sucederam-se nas condições ambientais de uma sala de laboratório 9 em que uma janela permanecia aberta durante o dia. Os ovos, brancos e lenticulares, eram postos direta- mente sobre a folha. O período de incubação exigiu quatro a doze dias para completar-se às temperaturas normais da sala. A média para todas as fêmeas criadas foi 6,9 dias. O estádio larval levou de um a seis dias para completar-se. A média · das 750 fêmeas criadas em laboratório foi de 2 9 7 dias. O estágio de proteroginia durou de um a oito dias, com média de 2,4 dias. Após nova muda, os ácaros passaram. para a fase de deuteroninfa. Esse estádio durou de um a sete dias, tendo como média, três dias. O tempo transcorrido, do nascimento da larva à emergência do adulto, foi de 5 a 17 dias, com média de 8,1 dias. A análise estatística demonstrou serem os máximos dos períodos imaturos correlacionados de forma altamente significativa com as temperaturas ambientais da sala de criação. A duração da fase de pré-oviposição variou de menos de um dia, até nove dias. Os registros da oviposição demonstraram ter ela oscilado de 1 a 28 e apresentaram média de 10,2 dias. Foi verificada, após o estádio de oviposição, a existência de um curto período de senilidade que oscilou de um a cinco dias, com média de 1,2 dia. Estudou-se, separadamente, em 278 fêmeas, as fases de quiescência, verificando-se que, em seu total, abrangeram períodos de 4,0 a 9,8 dias y com média, para todos os indivíduos, de 5,9 dias de imobilidade. O maior número de ovos postos, em toda a sua vida, por uma fêmea, foi de 72 e a média foi de 26,1., O maior número de ovos postos, por dia e por fêmea, foi oito, sendo a média, 2,6 ovos. A duração da vida, do nascimento à morte, abrangeu períodos de 9 8. 48 dias e levou, em média, 20 9 6 dias. A longevidade máxima foi de 48 dias. A longevidade média de todas as gerações está correlacionada, em sentido inverso, e de forma altamente significativa, com as temperaturas médias ambientais. o ciclo biológico, da deposição do ovo do indivíduo a ser estudado até a postura de seu :primeiro ovo, que demonstra ter ele atingido a maturidade sexual 9 variou entre 10 e 34 dias. A média 9 para as 750 fêmeas estudadas 9 foi de 16,3 dias.