Epistemologias educacionais emergentes: um olhar crítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana Ferrari de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-08052018-132334/
Resumo: Este trabalho de doutoramento busca problematizar a instituição Escola e as epistemologias tradicionais que a fundamentam. Parte-se do princípio de que vivemos no paradigma da complexidade, impulsionado pelo acesso às tecnologias, e, com isso, novas demandas no que diz respeito ao aprender, ler, agir e viver surgem. Diante da nova ordem mundial, do fácil acesso à informação, da interação com diversas culturas e da gama de textos presente no ciberespaço, pedagogias baseadas nas Teorias dos Multiletramentos e do Letramento Crítico emergem para dar conta das novas habilidades (criticidade, criatividade, flexibilidade e agência, etc.) cruciais ao aprendiz. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar e discutir (1) como se dá a construção de conhecimento numa instituição de ensino onde perspectivas educacionais emergentes (a meu ver) estão sendo implementadas e (2) se essas perspectivas educacionais emergentes, já em andamento, estão contribuindo para a formação do cidadão crítico, agente e transformador. Discute-se também de que forma essas perspectivas estão contribuindo para formar o cidadão para o letramento crítico e agência. Para responder a essas perguntas, foi escolhido um projeto escolar situado no interior do estado de São Paulo, cuja proposta educacional situa-se numa epistemologia não convencional, para a vivência da pesquisadora. Os dados, portanto, foram gerados segundo uma metodologia de pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, a partir do diário de campo da mesma, construído durante intensa vivência no Projeto, além da análise de dois documentos oficiais que regem sobre a proposta pedagógica da escola. Dentre as percepções da pesquisadora estão o fato de que, apesar de haver coexistência de epistemologias tradicionais e não tradicionais no Projeto estudado, há uma grande ruptura em relação às epistemologias tradicionais no que diz respeito ao espaço físico, aos saberes, às hierarquias e aos conceitos de professor, ensino e de aula. Há, no entanto, três questões passíveis de ressignificação: a fragmentação do conhecimento, o controle e o conceito de coletividade. Apesar disso, esta proposta educacional contribui, sem dúvida, para a formação do cidadão crítico, agente e transformador.