Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Derqui, Pablo Marcos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-24112014-090640/
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Resumo: |
As teorias sobre a formação dos conceitos em Ciência da Informação carecem de uma abordagem mais profunda sobre o principal objeto desta disciplina: a informação. Esta pesquisa realiza uma reflexão sobre essa carência tendo como estratégia considerar o problema da definição de informação e conceito como interdependentes. Essa estratégia define o problema enquanto fenômeno (como a informação interage com a formação dos conceitos?) e não a partir dos diversos exercícios de tentar definir esses conceitos. O objetivo da pesquisa é pautado, portanto, pela compreensão do fenômeno nos domínios-chave onde a informação e os conceitos se desdobram e se complementam: o cognitivo, o social e o comunicacional. Essa compreensão requer, contudo, uma abordagem diferenciada para a questão da informação, na qual esta participe do processo de organização destes domínios, abandonando assim a perspectiva tradicional da informação como ocorrências comunicativas ou efeitos dos eventos sobre a mente. A hipótese da tese era que essa perspectiva tradicional, generalista, de informação, gera uma compreensão cognitivista da formação dos conceitos, amparada em um paradigma dualista da cognição sob a dicotomia objetivo/subjetivo. O objetivo da pesquisa foi, então, contrapor outro paradigma (não dualista) de informação, através da abordagem sistêmica, embasada nos autores Humberto Maturana, Francisco Varela, e para o fenômeno da informação Niklas Luhmann. Deste último autor, retiramos a concepção central da informação como diferenças que produzem mudanças sistêmicas, organizando-se como sistemas psíquicos ou sociais. Essa noção central foi aprofundada, a partir da ideia que a informação se organiza como regimes de aceitação de diferenças em cada um desses sistemas. Para os sistemas psíquicos, baseamo-nos em Giulio Tononi, para quem o emaranhamento entre complexos de informação integrada (criando regimes expansivos) permite a emergência de conceitos. À medida que esse regime permite a emergência de sistemas de consciência que regulam o foco sobre esses conceitos, sugerimos - baseados na abordagem ecológica dos conceitos de Liane Gabora, Eleonor Rosch e Diederik Aerts - que ele, então, passa a ser complementado por outro, redutivo, que abstrai e desvincula os conceitos de seus contextos imediatos, permitindo a imaginação. Esse corpo teórico foi então confrontado com os dilemas teóricos levantados na literatura do Corpus - composto por artigos que tratassem dos processos de categorização ou aspectos cognitivos da teoria dos conceitos em Ciência da Informação. Constatamos que, em CI, a questão da formação dos conceitos confirmava a hipótese: a área de organização do conhecimento opta por uma visão cognitivista e dualista em que os conceitos se formam a partir de um núcleo de representações invariáveis (de natureza perceptiva) e os aspectos contextuais ficam restritos a operações periféricas de identificação. Concluímos que o paradigma representacionista é, em geral, dominante e que a área de organização da informação e conhecimento (e também a CI) deveria se abrir para outras abordagens, e propusemos como uma alternativa a abordagem sistêmica da informação, que apresentamos nesta pesquisa. |