Doença periodontal inflamatória induzida por ligadura: Caracterização microscópica e estudo da presença de mastócitos e das enzimas óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e metaloproteinases -2 e -9

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Rodini, Camila de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25136/tde-15082005-143545/
Resumo: A doença periodontal inflamatória envolve mecanismos imunopatológicos e inflamatórios contra microrganismos da placa dentobacteriana, sendo que diversas células, tanto residentes quanto inflamatórias, e mediadores químicos participam ativamente da resposta do hospedeiro. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar o modelo experimental da doença periodontal inflamatória induzida por ligadura em ratos, com ênfase na avaliação clínica e microscópica, bem como no estudo quantitativo dos mastócitos e da presença de RNA mensageiro (RNAm) codificador das enzimas óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e metaloproteinases (MMPs) -2 e –9. Para este fim, as amostras correspondentes foram obtidas em diferentes períodos de indução da doença periodontal inflamatória experimentalmente induzida (1, 3, 7, 14, 28, 42 e 56 dias ou 1, 3, 7, 14 e 30 dias) e avaliadas microscopicamente por meio das colorações de hematoxilina-eosina e azul de toluidina, bem como semi-quantitativamente por meio de Reação em Cadeia da Polimerase precedida por Transcrição Reversa (RT-PCR). Para fins comparativos, foram utilizadas amostras de tecido gengival normal do mesmo animal. Microscopicamente, observou-se exuberante presença de polimorfonucleares (PMNs) nos tecidos afetados pela doença periodontal inflamatória, especialmente nos períodos inicias. Detectou-se ainda a expressão aumentada de RNAm para MMP-9 apenas nos tecidos afetados pela doença periodontal nos períodos de 3 e 7 dias, porém não se observou aumento estatisticamente significativo na expressão de RNAm para MMP-2 em nenhuma das comparações analisadas. Com relação à iNOS, a expressão de seu RNAm foi maior nos tecidos doentes quando comparados com os tecidos gengivais controle no período de 3 dias, assim como nos tecidos afetados pela doença periodontal no período de 3 dias ao se comparar com os tecidos doentes aos 7 dias após a indução. Ainda, o número de mastócitos/mm2 na região adjacente aos epitélios sulcular e juncional, bem como na área de inserção conjuntiva, apresentou-se diminuído na doença periodontal inflamatória experimentalmente induzida em ratos, com relação aos tecidos gengivais saudáveis, tanto no lado vestibular quanto no lingual. Nossos resultados sugerem que a doença periodontal experimentalmente induzida em ratos caracteriza-se por lesões inflamatórias com predomínio de células PMNs e áreas de reabsorção óssea alveolar desde as primeiras 24 horas após a indução, porém sem progressão para um infiltrado inflamatório linfoplasmocitário organizado focalmente que caracteriza a doença humana. Provavelmente, a MMP-9 e o óxido nítrico (NO) têm participação na evolução e patogênese da doença periodontal experimentalmente induzida por ligadura, incluindo destruição tecidual e perda óssea alveolar. De forma contrária, os mastócitos parecem ter limitada participação na referida doença, não constituindo, provavelmente, fonte significativa da iNOS e da MMP-9.