Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Andrea Aoki |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-03122021-141214/
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Resumo: |
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico juvenil ( ES ) uma doença multissistêmica crônica de etiologia multifatorial e incidência considerável na Am rica atina. Caracteriza-se por alteraç es do sistema imunol gico e produção de múltiplos anticorpos, com nítida predileção pelo se o feminino e início na inf ncia ou adolescência em 15 a 20% dos casos. A complexidade do tratamento LESJ envolve vários aspectos, como conhecimento da doença e aderência ao tratamento por parte do paciente e família, disponibilidade de exames e medicamentos, atividade ou remissão da doença, que pode se manifestar de diferentes formas. Recursos humanos capacitados com conhecimento da doença são de suma importância no diagnóstico precoce e encaminhamento aos setores de referência, e o enfermeiro, profissional que atua diretamente no cuidado ao paciente desde atenção básica até hospitais de alta complexidade, quando conhece os sinais clínicos e as manifestações do LESJ, as ferramentas disponíveis para a doença e utiliza instrumentos de rotina, como questionários de adesão, dor e qualidade de vida, pode atuar desde o auxílio do diagnóstico precoce até o tratamento. Objetivos: Avaliar a prevalência de atendimento de crianças e adolescentes com LESJ por enfermeiros brasileiros e descrever as práticas de cuidados; Identificar associação entre dados demográficos dos enfermeiros brasileiros e conhecimento do LESJ; Descrever a frequencia do uso de ferramentas para diagnóstico e tratamento do LESJ por enfermeiros brasileiros. Método: estudo transversal analítico realizado a partir das respostas de um questionário auto-aplicável sobre o atendimento dos enfermeiros brasileiros aos pacientes com LESJ entre agosto de 2018 e setembro de 2019. Resultados: foram respondidos 111/373 (29,4%) questionários, provenientes das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A maioria dos profissionais é do sexo feminino (90,1%), trabalha no serviço público (82,9%), não utiliza (51,4%) ou desconhece (37,8%) as ferramentas utilizadas para avaliar a atividade da doença e acredita que o conhecimento da doença é uma prática que precisa ser melhorada (83,3%). Entre os cuidados gerais disponíveis aos pacientes com LESJ prevalece a abordagem pela equipe multidisciplinar (65,8%), enquanto que hospitalização (45,9%) e má aderência medicamentosa (27,9%) foram os problemas mais citados pelos profissionais, além do desconhecimento do processo de transição institucional para o cuidado adulto por metade dos profissionais (50,5%). Foram realizadas comparações dos cuidados esperados aos pacientes quanto ao tipo de serviço, cuidado ao paciente hospitalizado e cuidado do paciente com LESJ, sem diferenças estatisticamente significantes. Conclusões: Os profissionais participantes realizam os cuidados de rotina aos pacientes mas não utilizam ferramentas para avaliar a atividade da doença nem ferramentas auxiliares ao tratamento, além de atividades esperadas aos pacientes com LESJ, como verificar caderneta de vacinação, orientar proteção solar, questões relacionadas à aderência, transição ao cuidado adulto, cuidado paliativo, o que pode estar relacionado à lacuna de conhecimento, um fator comum mencionado pela maioria dos profissionais, corroborando a necessidade de disseminação da informação e capacitação para o melhor tratamento |