Percepção do autista e sua inclusão nas organizações: \"Nada sobre nós, sem nós\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Caroline Kurowski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24102023-154930/
Resumo: Nos últimos, anos o número de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aumentou, bem como o número de autistas em busca de empregos. Apesar de haver uma maior preocupação por parte das organizações com a diversidade, ainda existem falhas em relação à inclusão. Isso demostra uma necessidade de inclusão dos autistas no mercado de trabalho e na sociedade. Considerando esse cenário, este estudo tem como objetivo principal analisar a trajetória do indivíduo autista a partir do levantamento e análise de suas percepções. Foram realizadas onze entrevistas com pessoas diagnosticadas com TEA Autista Nível 1 de suporte. Nesta pesquisa, de natureza qualitativa, a análise foi realizada por meio da técnica da análise temática. Como principais resultados destacam-se as seguintes categorias organizadas: os aspectos familiares, socioeconômicos e financeiros, questões acadêmicas, questões internas (forças e fraquezas) e questões externas (relacionadas ao ambiente e outros indivíduos). Dentre os facilitadores das trajetórias profissionais dos indivíduos autistas estão: processos seletivos facilitados; amizades no ambiente de trabalho; suporte, acolhimento e compreensão; liderança preparada; teletrabalho; adaptações nos processos de gestão de pessoas, nas funções, nas interações, no ambiente físico e na rotina. Como dificultadores podem ser mencionados: crises, saúde mental e afastamentos; falta de diagnóstico; despreparo da liderança; falta de adaptações e ferramentas de trabalho. A pesquisa ressalta também a importância de adaptações relacionadas aos processos de gestão de pessoas, ao ambiente físico, à organização do trabalho e às interações. Ao final da pesquisa são apresentadas recomendações para as famílias, as organizações e a sociedade. O estudo destaca ainda a necessidade de entender cada indivíduo como único, não generalizando as adaptações e observações, evitando assim estereótipos relacionados aos indivíduos autistas.