Quantificação  de oocistos de Toxoplasma gondii em amostras de águas superficiais no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Galvani, Ana Tereza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DNA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-21122016-103103/
Resumo: Introdução: A água tem sido considerada um importante veículo para a disseminação de surtos de toxoplasmose em vários países. Os oocistos de Toxoplasma gondii podem persistir no ambiente durante longos períodos, sendo altamente resistentes aos vários processos químicos de inativação, inclusive aos processos comuns de desinfecção utilizados pelos sistemas produtores de água. Pouco se tem registrado no país sobre a real extensão da contaminação dos recursos hídricos por Toxoplasma gondii, sendo que a sua detecção em amostras de águas é muito importante na implantação de ações preventivas. As metodologias existentes no momento para identificação e quantificação deste parasita nestes tipos de amostras não estão universalmente padronizadas e apresentam limitações. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar a possível presença do protozoário em águas superficiais de abastecimento público no Estado de São Paulo mediante a implantação de uma metodologia específica para a quantificação de oocistos de Toxoplasma gondii por reação quantitativa de PCR em tempo real nessas amostras. Método: Um total de 39 amostras de águas superficiais provenientes de 10 mananciais do Estado de São Paulo foram analisadas durante o período de maio a dezembro de 2015. Volumes de 20L da amostra foram concentrados por meio de filtração em cápsulas Envirocheck® HV (Pall Gelman Laboratory), sendo a cápsula filtrante tratada com uma solução dispersante, eluída e o eluato concentrado por centrifugação. O sedimento obtido após a centrifugação da amostra foi submetido à extração de DNA, sendo utilizado o kit de extração PowerSoil DNA isolation® (MO BIO Laboratories). A sequência alvo selecionada para detecção e quantificação de oocistos de Toxoplasma gondii através da reação quantitativa de PCR em tempo real foi um fragmento de 62 pares de bases do gene B1, sendo utilizado o seguinte conjunto de iniciadores: 5 CTAGTATCGTGCGGCAATGTG 3 (531-551) e 5GGCAGCGTCTCTTCCTCTTTT 3 (571-592). A sonda utilizada foi: 5 (6-FAM) CCACCTCGCCTCTTGG-(NFQ-MGB) 3. Resultados: Do total das amostras analisadas, 7,7 por cento (3/39) foram positivas para oocistos de Toxoplasma gondii e dentre os 10 mananciais estudados, detectou-se a ocorrência do protozoário em 30 por cento (3/10) dos mesmos. Conclusão: Os dados obtidos no presente estudo demonstram que o protozoário Toxoplasma gondii está circulando em águas superficiais de abastecimento público no Estado de São Paulo.