Resumo: |
O estudo das igrejas setecentistas de Vila Boa de Goiás liga-se à história de sua formação urbana, em particular a três documentos - o Arraial de Santana, a fundação da Vila e as intervenções de José de Almeida e Luís da Cunha Menezes. Cada um desses momentos foi marcado por diferentes práticas urbanísticas, desenvolvidas no contexto das experiências de Expansão Ultramarina, que cedeu ao edifício religioso uma posição relevante na organização do espaço urbano. Nesse contexto, tanto a construção das igrejas como o seu processo construtivo foram regulados por um complexo jogo social, relacionando as práticas de caráter hierárquico e segregacionista. Nele, os grupos de profissionais, em diferentes momentos, atuaram por arrematação de serviços, implicando notórias descontinuidades estilíticas, só atenuadas pelo respeito que manifestaram pela ordem espacial litúrgica, que repetiu a mesma lógica e hierárquia sociais. O vínculo com o contexto da Expansão Ultramarina ainda dialogou com a Metrópole e capitanias adjacentes, onde se encontram tipo retangulares e octogonais, característicos do quadro da arquitetura religiosa de Vila Boa de Goiás |
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