Detecção e quantificação dos hormônios sexuais 17 \'beta\'-estradiol (E2), estriol (E3), estrona (E1) e 17 \'alfa\'-etinilestradiol (EE2) em água de abastecimento: estudo de caso da cidade de São Carlos, com vistas ao saneamento ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Guimarães, Tatiane Sant'Ana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-26022009-100015/
Resumo: Um dos grandes problemas da engenharia ambiental é a contaminação dos corpos hídricos. Os sanitaristas têm se preocupado com os hormônios sexuais, notadamente os estrógenos, compostos extremamente ativos biologicamente, que têm sido referidos como agentes etiológicos de feminilização e de vários tipos de cânceres. Os estrógenos naturais 17 \'beta\'-estradiol (E2), estriol (E3), estrona (E1) e o sintético 17 \'alfa\'-etinilestradiol (EE2), desenvolvidos para uso médico em terapias de reposição hormonal feminina e métodos contraceptivos, são os que despertam maiores preocupações, pela contínua introdução ao ambiente; hormônios que possuem a melhor conformação reconhecida pelos receptores que resultam respostas máximas, por isso são considerados responsáveis pela maioria dos efeitos disruptores desencadeados pela disposição de efluentes. A mudança de padrões quanto à atividade sexual dos jovens e a preocupação com o planejamento familiar, levaram ao grande consumo de contraceptivos que, através da urina, são levados pela rede coletora aos corpos de água. O indiscriminado uso desses hormônios na bovinocultura, suinocultura, avicultura e aqüicultura são responsáveis por parte considerável desse contaminante nos mananciais. Os hormônios excretados através da urina e fezes e agentes provenientes das indústrias de processamento de alimentos preocupam os sanitaristas porque o lançamento de efluentes in natura ou tratados, são as principais vias de contaminação do ambiente aquático, quer pelo déficit de infra-estrutura em saneamento, quer pela ineficiência tecnológica e/ou operacional na remoção desses compostos nas estações de tratamento de água ou de efluentes. Apesar de possuírem meia-vida relativamente curta, quando comparados a outros compostos orgânicos como praguicidas, os estrógenos naturais são continuamente introduzidos no ambiente, o que lhes confere caráter cumulativo. A proposta desta pesquisa foi verificar a presença de estrógenos na água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água, após seu tratamento, em água tratada por osmose reversa e por tecnologia Milli Q (marca registrada). Para verificar e quantificar presença desses hormônios estrógenos em água de abastecimento de São Carlos-SP, foram realizadas exames através de imunoensaio quimiluminescente e radioimunoensaios. Os resultados apontaram que a ETA não possui solução eficiente para a remoção dos analitos de interesse dessa pesquisa, uma vez que na água tratada foram encontrados valores semelhantes aos da água bruta.